tag:blogger.com,1999:blog-13959210880429318302024-02-19T06:41:17.369-08:00De Mim para VocêÍtalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.comBlogger29125tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-38461549637299043032015-02-23T18:29:00.000-08:002015-02-23T18:33:33.817-08:00SOBRE A POLÍTICA DE ASSITÊNCIA SOCIAL NA PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PBH) E A CONSTRUÇÃO DE UM PLANO DE CARREIRA, CARGOS SALÁRIOS (PCCS) PARA OS SERVIDORES MUNICIPAIS DO SUAS-BH.<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><i><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Por</span></i></b><b><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> </span><i>Ítalo Mazoni dos S. Gonçalves – Analista de Políticas
Públicas/Psicólogo da SMAAS.<o:p></o:p></i></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><i>(ítalo.mazoni@pbh.gov.br) - Belo Horizonte, 27 de novembro de 2014.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Considerando o
atual momento do SUAS-BH, especificamente no que tange às relações entre os
servidores municipais que atuam nesta política e sua consolidação enquanto
política pública de Estado, proponho aqui apresentar algumas ideias a respeito
da elaboração de um PCCS destinado especificamente aos servidores da PBH que
atuam no SUAS-BH.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O contexto
destas considerações se desenha a partir de uma greve geral dos servidores da
PBH, no início do ano de 2014. Esse movimento trouxe novamente à pauta de
discussões entre trabalhadores e governo, por meio de uma mesa de negociação
sindical, a necessidade de uma reformulação do atual plano de carreira em que
se inserem os trabalhadores da Assistência Social (Plano de Carreira dos
Servidores da Área de Atividades de Administração Geral). Ou na sua
impossibilidade de reformulação, a possibilidade de um desmembramento dos
profissionais que hoje atuam na SMAAS e SMPS da carreira de Administração
Geral, para a composição de uma carreira exclusiva dos servidores municipais do
SUAS-BH. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Projetado o
cenário, é importante fazer algumas ponderações teóricas sobre o tema, qual
seja, a necessidade de implementar uma
carreira específica para os servidores que atuam na política de assistência
social. Historicamente, como é de conhecimento geral, a assistência social no
Brasil esteve vinculada a princípios assistencialistas e tutelares, e que esta
conjuntura tem como marco de reconfiguração a Constituição Federal de 1988. Porém,
apesar disso, a previsão desta política como componente da Seguridade Social na
Carta Magna do país, não foi suficiente para materializa-la enquanto dever
estatal. Esse cenário delineou o
desenvolvimento desta política como relata Ferreira (2010)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Face ao
campo tenso em que a política de assistência social vem se consolidando com
avanços e reveses desde sua institucionalização na Constituição Federal, em
1988, e na Lei Orgânica de Assistência Social, em 1993, a legalidade tem sido
apontada como ponto de sustentação de seu projeto político democrático. Esse é
um traço marcante da trajetória da política pública de assistência social,
pode-se dizer até mesmo que a defesa da legalidade é constitutiva de sua força
política instituinte no campo da expansão dos direitos de cidadania. (Ferreira, 2010, p. 30) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O que podemos
chamar aqui de <i>princípio da legalidade</i>,
se refere à estratégia de luta adotada pelos atores envolvidos na
materialização da política de Assistência Social. Ou seja, para que um dos
pilares constitucionais da Seguridade Social pudesse ganhar materialidade, foi
necessário recorrer primeiramente à sua regulamentação em Lei. E neste caso,
ainda conforme Ferreira 2010, Pg. 30, a compreensão da lei deve ser ampliada, não
podendo ser tomada aqui como instrumento de dominação por parte de uma classe
social sobre outra; ou ainda de forma literal e cristalizada, sendo assim um impedimento
para realização histórica do direito do cidadão à proteção social de
assistência social. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Neste sentido
afirma Couto <i>apud</i> Ferreira (2010) é
preciso reconhecer um campo de tensão onde <i>“A
legalidade é condição para a consolidação de um projeto de política de
assistência social como politica de estado e ao mesmo tempo o mote para
ampliação da cidadania” </i>(Pg. 34). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ora,
podemos entender assim que o SUAS – como materialização da Política de
Assistência Social – advém de um constante processo de negociação estabelecido
entre os atores envolvidos, e que culmina no estabelecimento de marcos legais
ou orientadores para a política. Porém o que não se pode deixar de lado é
aquilo que justifica este processo, como nos aponta Ferreira (2010) <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify; text-indent: .25pt;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O direito do cidadão é a origem e a causa dos instrumentos de gestão e manejo
de meios para efetivar essa finalidade pública. Nesse sentido, assegurar a
presença dos trabalhadores da política de assistência social, bem como as
condições adequadas para seu exercício profissional é elemento importante para
consolidar a assistência social como política pública e dever de Estado. Contudo,
com base no rigor da afirmação de Badeira de Mello o devir democrático da assistência
social só se realiza em ato, ou seja, quando as práticas legislativas, políticas
e profissionais traduzem o cumprimento de um dever e se mantêm a serviço do
cidadão. (Ferreira, 2010, p. 30)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify; text-indent: .25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Neste contexto, para consolidar a
assistência social é condição essencial garantir a presença e continuidade de
trabalhadores na política de assistência social. E como isso seria possível? A estratégia
adotada neste processo e que representa um divisor de águas é a garantia da
nomeação de servidores públicos concursados para atuar no sistema. Esta
conquista e suas consequências começam a se desenhar durante a <i>V Conferência Nacional de Assistência Social</i>
(2005), conforme podemos observar nas seguintes deliberações aprovadas naquele
espaço: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Metas da Gestão de Recursos Humanos - Meta 3: </span></b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ampliar o
quadro de profissionais de serviço social e profissionais de áreas afins,
mediante <u>concurso público </u>e garantir que os órgãos gestores da
assistência social das três instâncias possuam assessoria técnica. (CONSELHO
NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, V Conferência Nacional de Assistência Social,
2005, p. 04. Grifo nosso). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 141.6pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Metas da Gestão de Recursos Humanos - Meta 2:</span></b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Construir
e implementar a <u>política de gestão de pessoas (Recursos Humanos)</u>,
mediante a elaboração e aprovação de <u>Norma Operacional Básica específica </u>e
criação de<u> plano de carreira, cargos e salários</u>, com a participação dos
trabalhadores sociais e suas entidades de classe representativas. (CONSELHO
NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, V Conferência Nacional de Assistência Social,
2005, p. 04. Grifo nosso).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Assim,
torna-se claro que a instituição de um PCCS para os trabalhadores do SUAS, além
de já se configurar como uma diretriz de luta dos atores da Assistência Social
desde o ano de 2005, é também uma estratégia de consolidação da Política de Assistência
Social enquanto direito do cidadão e dever do Estado. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Finalmente
é preciso recordar que nas conferências e também na <span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">NOB-RH/SUAS </span>uma questão era apontada
como principal complicador da efetivação de concursos públicos e criação de
PCCS, o financiamento. Para garantir que os municípios, estados e união pudessem
cofinanciar os recursos humanos do SUAS, a seguinte diretriz foi consolidada na
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">NOB-RH/SUAS:</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Revisão das
diretrizes e legislação do fundo de assistência social para que possa financiar
o pagamento de pessoal, conforme proposta de Projeto de Emenda Constitucional -
PEC. (</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt; line-height: 115%;">NOB-RH/SUAS, 2008,</span><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> p. 22).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E cabe destacar com Ferreira
(2010, Pg. 86) que na esfera federal:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Diante do
diagnóstico apresentado, duas estratégias são adotadas neste primeiro momento. A
primeira delas volta-se para o impacto financeiro advindo da contratação de
servidores públicos nos estados e municípios. A proposição da SNAS indica que a
questão poderá ser equacionada por meio da apresentação de uma Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) propondo que o Fundo Nacional de Assistência Social possa
cofinaciar as despesas de pessoal, estratégia que encontrou amplo consenso
entre os membros da CIT: <i>O que mais me
entristece é constatar que mesmo que o recurso da nossa área seja pouco, o
Governo Federal quer pagar a folha de pagamento, mas nós não podemos. Esse é um
grande problema. Então, nem que seja com dinheiro federal, nós queremos poder
fazer, mas queremos poder criar condições para tal. No mínimo, nessa discussão,
acho que temos que avançar (Simone Albuquerque, Diretora do Departamento de
Gestão do SUAS, SNAS: transcrição da 57ª Reunião da CIT, Brasília, 2005). </i>(Grifo
nosso).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Felizmente esta
diretriz foi consolidada em 2011 pela Resolução Nº. 32/2011 do CNAS, que diz
que os Estados, o Distrito Federal e os municípios poderão utilizar até 60% dos
recursos oriundos do Fundo Nacional de Assistência Social, destinados a
execução dos serviços socioassistenciais, no pagamento dos profissionais que
integrarem as equipes de referência do SUAS, definidas nas Resoluções CNAS
269/2006 e 17/2011.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Considerações sobre o PCCS na NOB-RH/2005<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Apresentada a
tese central, qual seja, a de que a elaboração e implementação de uma carreira específica para os servidores
municipais que atuam no SUAS-BH é uma diretriz histórica do movimento de luta
em prol da Política de Assistência Social,
e não somente uma demanda regionalizada. Considero relevante agora,
expor algumas observações sobre as <i>“Diretrizes
Nacionais para os Planos de Carreira, Cargos e Salários – PCCS”</i> previstas na
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">NOB-RH/SUAS</span>
e que podem balizar o processo de construção de um plano de carreira para os
servidores do SUAS-BH. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
A <span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">NOB-RH/SUAS</span>
tem dentre seus principais objetivos fortalecer a relação entre a estabilidade
nos vínculos de trabalho no SUAS e a qualidade dos serviços socioassistenciais
oferecidos à população. Nesta medida a resolução prevê algumas diretrizes como,
por exemplo, que os Planos de Carreira, Cargos e Salários - PCCS sejam
instituídos em cada esfera de governo para os trabalhadores do SUAS, da administração
direta e indireta, baseados em princípios definidos nacionalmente pela <span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">NOB-RH/SUAS</span>.
E ainda a criação de um setor responsável pela gestão do trabalho no respectivo
órgão gestor [da assistência], no que concerne à gestão do trabalho. Entretanto
quero chamar a atenção para o que aponta a <span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">NOB-RH/SUAS</span> em relação às condições de
trabalho. Diz ela a cerca dos princípios norteadores de um PCCS-SUAS: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b>- Universalidade dos PCCS: </b>Os Planos de
Carreira, Cargos e Salários abrangem todos os trabalhadores que participam dos
processos de trabalho do SUAS, desenvolvidos pelos órgãos gestores e executores
dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais da
Administração Pública Direta e Indireta, das três esferas de governo na área da
Assistência Social.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b>- Equivalência dos cargos ou empregos:</b>
Para efeito da elaboração dos PCCS, na área da Assistência Social, as
categorias profissionais devem ser consideradas, para classificação, em grupos
de cargos ou carreira única (multiprofissional), na observância da formação, da
qualificação profissional e da complexidade exigidas para o desenvolvimento das
atividades que, por sua vez, desdobram-se em classes, com equiparação salarial
proporcional à carga horária e ao nível de escolaridade, considerando-se a rotina
e a complexidade das tarefas, o nível de conhecimento e experiências exigidos,
a responsabilidade pela tomada de decisões e suas consequências e o grau de
supervisão prestada ou recebida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b>- Adequação Funcional: </b>Os PCCS
adequar-se-ão periodicamente às necessidades, à dinâmica e ao funcionamento do
SUAS.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b>- PCCS como instrumento de gestão:</b>
entendendo-se por isto que os PCCS deverão constituir-se num instrumento
gerencial de política de pessoal integrado ao planejamento e ao desenvolvimento
organizacional.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<b>- Gestão partilhada das carreiras:</b>
entendida como garantia da participação dos trabalhadores, através de
mecanismos legitimamente constituídos, na formulação e gestão dos seus
respectivos plano de carreiras.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
A NOB-RH
apresenta ainda algumas diretrizes gerais a serem seguidas na implementação de
um plano de carreira do SUAS, das quais destaco como fundamentais para o atual
processo dos servidores do município de Belo Horizonte os seguintes: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
- Quando da
elaboração dos PCCS, a evolução do servidor na carreira deverá ser definida
considerando-se a formação profissional, a capacitação, a titulação e a
avaliação de desempenho, com indicadores e critérios objetivos (quantitativos e
qualitativos), negociados entre os trabalhadores e os gestores da Assistência
Social. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
- Os PCCS
incluirão mecanismos legítimos de estímulo, propiciando vantagens financeiras,
entre outras, aos trabalhadores com dedicação em tempo integral ou dedicação
exclusiva para a realização do seu trabalho, na área de abrangência do plano.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
- Para o
exercício das funções de direção, chefia e assessoramento, os cargos de livre
provimento devem ser previstos e preenchidos considerando-se as atribuições do
cargo e o perfil do profissional. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
- Os cargos e
funções responsáveis pelos serviços, programas, projetos e benefícios
socioassistenciais, bem como responsáveis pelas unidades públicas prestadoras
dos serviços socioassistenciais, devem ser preenchidos por trabalhadores de
carreira do SUAS, independente da esfera de governo (nacional, estadual, do Distrito
Federal e municipal) a que estejam vinculados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
No que se
refere às diretrizes para o cofinanciamento da gestão do trabalho, destaco as
seguintes pontos:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
- Prever, em
cada esfera de governo, recursos próprios nos orçamentos, especialmente para a
realização de concursos públicos e para o desenvolvimento, qualificação e
capacitação dos trabalhadores. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
- Assegurar
uma rubrica específica na Lei Orçamentária, com a designação de Gestão do
Trabalho, com recursos destinados especificamente para a garantia das condições
de trabalho e para a remuneração apenas de trabalhadores concursados nos
âmbitos federal, estadual, distrital e municipal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
No que se
refere às responsabilidades e atribuições dos gestores municipais, estaduais e
federal, é importante destacar as seguintes: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
- Nomear
comissão paritária entre governo e representantes dos trabalhadores para a
discussão e elaboração do respectivo Plano de Carreira, Cargos e Salários, no
seu âmbito de governo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
- Encaminhar
projeto de lei de criação do respectivo Plano de Carreira, Cargos e Salários ao
Poder Legislativo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
- Garantir, em
seu âmbito, o co-financiamento para a implementação da gestão do trabalho para
o SUAS, especialmente para a implementação de PCCS e para a capacitação dos
trabalhadores, necessários à implementação da Política de Assistência Social.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
- Implementar
normas e protocolos específicos, para garantir a qualidade de vida e segurança
aos trabalhadores do SUAS na prestação dos serviços socioassistenciais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Finalmente, encerro
estas linhas enfatizando que assim como o trabalhador precisa ter o compromisso
de defender e desenvolver a política social em que está inserido, é necessário
que os gestores também honrem os compromissos desta política com seu
trabalhador. Nesta medida é imprescindível que se seja criado na Prefeitura
Municipal de Belo Horizonte um PCCS que atenda as especificidades dos
trabalhadores do SUAS. E, para além disso, que este instrumento de gestão seja
construído com a participação efetivas dos trabalhadores, atendendo às
diretrizes mínimas já estabelecidas, assim como aos anseios por uma maior
qualidade de vida no trabalho e na entrega dos serviços socioassistencias à
população. É preciso estar atendo, pois como nos lembra Ferreira (2010, Pg.
50): <b><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">Seguramente
é possível afirmar que o conteúdo da NOB-RH traz avanços significativos do
ponto de vista da legalidade das próprias condições dos trabalhadores responsáveis
pela implementação do Sistema Único de Assistência Social. As diretrizes
relativas à gestão do trabalho, como se verá nesta seção, incidem num ponto até
então bastante frágil da política de assistência social, conforme destacado por
Nery: Paradoxalmente no caso da Assistência Social, a política de proteção social,
assim como as demais no campo da Seguridade, a não-obediência às garantias dos
direitos trabalhistas nos vínculos de trabalho configura a supressão do acesso à
proteção social do próprio trabalhador (Nery, 2009, p. 96) </span><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;"> </span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
BRASIL (1988). Constituição da
República Federativa do Brasil: texto constitucional de 5 de outubro de 1988.
Disponível em: <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm">http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm</a>
Acesso em 27/11/2014. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
FERREIRA, S.S., 2010. A construção
do lugar dos trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social: uma análise
da Norma Operacional Básica de Recursos Humanos. Dissertação de Mestrado. Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) – Recife, Pernambuco. Brasil.
Disponível em: <a href="http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10691">http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10691</a>
Acesso em: 27/11/2014.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. (2008). <i>Norma
Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS NOB-RH/SUAS</i>. </span>Disponível
em: <a href="http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/protecaobasica/cras/documentos/Norma%20Operacional%20de%20RH_SUAS.pdf">http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/protecaobasica/cras/documentos/Norma%20Operacional%20de%20RH_SUAS.pdf</a> Acesso em: 27/11/2014.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL, V Conferência Nacional de Assistência Social (2005). Disponível em: <a href="http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/eventos/assistencia-social/v-conferencia-nacional-de-assistencia-social">http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/eventos/assistencia-social/v-conferencia-nacional-de-assistencia-social</a> Acesso em: 27/11/2014.<o:p></o:p></div>
Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-51900870251324174802012-11-22T11:34:00.001-08:002012-11-22T11:34:15.748-08:00RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E INTERSETORIAL NAS ORGANIZAÇÕES<h4>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Palestra apresentada por mim na XII SIPAT </div>
<div style="text-align: right;">
e I Semana de Qualidade da </div>
<div style="text-align: right;">
Santa Casa de Caridade de Diamantina </div>
<div style="text-align: right;">
em Novembro de 2012</div>
</h4>
<div>
<br /></div>
<div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"><span style="color: #274e13;">APRESENTAÇÃO EM PPT DISPONÍVEL EM: <a href="http://www.slideshare.net/italomazoni/relacionamento-interpessoal-e-intersetorirelacionamento-interpessoal-e-intersetorial-nas-organizaes" target="_blank">CLIQUE AQUI!</a></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"><span style="color: #274e13;">TEXTO EM PDF DISPONÍVEL EM: <a href="http://pt.scribd.com/doc/113968469/Relacionamento-Interpessoal-e-Intersetorial-nas-Organizacoes-Italo-Mazoni" target="_blank">CLIQUE AQUI!</a></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b></b></div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">COMO
ISSO PODE SER ÚTIL?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Há algum tempo atrás,
antes mesmo de fazer psicologia, eu trabalhei como atendente na Secretaria da
Fazenda do Estado da Bahia. Nesta época eu cursava administração, mas ainda bem
no começo do curso. Era o meu segundo emprego formal e eu estava super empolgado
porque além de eu trabalhar um número de horas aceitável para mim, ainda
ganhava razoavelmente bem para minha idade, 21 anos na época. Foi a primeira
vez que eu trabalhei em equipe dentro de uma organização. Éramos uma equipe de
sete atendentes e um coordenador. Tínhamos metas a bater, prazos a cumprir
responsabilidades para dar conta. Mas nossa equipe acabou no final do primeiro
ano ganhando uma grande coesão e nos dois anos seguintes o atendimento de nossa
inspetoria fazendária recebeu o prêmio estadual de melhor atendimento ao
contribuinte. É uma bonita história, mas tem um final inesperado. Um belo dia
fui chamado para conversar com o chefão, e a última coisa que eu esperava ouvir
foi exatamente o que ele me disse “Nós vamos ter que cortar alguém e escolhemos
você”. Meu mundo caiu. Na época até tentei argumentar, mas havia emoção demais
em mim para que eu pudesse compreender qualquer coisa que fosse dita. Tempos
depois quando retornei lá para pegar um documento fui conversar com o meu
coordenador imediato, aquele que de fato decidiu que eu deveria sair. Perguntei
para ele o verdadeiro motivo de ele ter me escolhido, quando havia tantas
outras opções mais coerentes (por exemplo, um colega que estava para ser
chamado em um concurso e que de fato acabou sendo convocado duas semanas depois
de minha demissão). Inicialmente ele me enrolou, mas depois me falou sem
rodeios. “Escolhi você porque você não interagia muito com o grupo”. Fiquei
muito surpreso com aquela declaração. Nunca deixei de cumprir uma obrigação,
sempre dei suporte aos meus colegas. Sempre que precisaram de mim eu estava lá.
Meu trabalho era impecável. Mas nem sempre ser eficiente é suficiente. Minhas
relações interpessoais no trabalho eram precárias, e eu fui o último a
descobrir, e bem tarde. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Essa pequena história
serve para demonstrar um pouco da importância de estabelecer relações
interpessoais de qualidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Hoje eu vou tratar
aqui exatamente sobre alguns elementos vitais a qualquer relacionamento entre
pessoas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Contudo, meu foco será
as relações estabelecidas dentro das organizações. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> - É no trabalho que a maioria de nós passa 1/3
do seu tempo. Interagindo, trabalhando e convivendo com problemas, situações
diversas e, principalmente, com as pessoas que estão ali. E não podemos
esquecer que dos dois terços que nos restam de cada dia, em um deles ainda
dormimos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Passando tanto tempo
assim no trabalho, penso que se formos capazes de estabelecer boas relações
interpessoais por lá, há uma grande chance de também o fazermos fora, na nossa
vida pessoal e social. Sendo que o contrário também é válido, evidentemente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- E com boas relações
todos ganham. Ganha a empresa, o chefe, o empregado, ganham os fornecedores,
ganha a esposa, a namorada, o vizinho, em fim, toda a comunidade na qual
estamos inseridos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O
QUE SERÁ ABORDADO?<span style="background: red; mso-highlight: red;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Para contextualizar
vou começar abordando a idéia de metáforas organizacionais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Em seguida vou falar
um pouco sobre os dois tipos gerais de relação que estabelecemos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Depois vou alcançar os
dois elementos que podem tornar as relações um prazer ou uma dor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Por fim darei alguns
exemplos ilustrativos de relacionamentos interpessoais baseados naqueles dois
elementos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">QUE
REFERÊNCIAS EU USEI PARA PREPARAR A MINHA FALA?<span style="background: red; mso-highlight: red;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Bem, não posso deixar
de lembrar que tudo o que eu irei expor aqui não é de minha autoria. Para
fundamentar o trabalho estou usando como referência: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- “Desenvolvimento
interpessoal: treinamento em grupo”, escrito por Fela Moscovici. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Artigos acadêmicos
produzidos por profissionais e pesquisadores brasileiros encontrados na
internet.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">ESTA
PALESTRA REALMENTE SERVIRÁ PARA ALGUMA COISA?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Saber um pouco mais
sobre esse assunto certamente me ajudou a estabelecer relações mais positivas
no trabalho e também a me fazer durar mais no emprego.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Não há dúvida de que
lidar bem com pessoas é uma competência fundamental para qualquer profissional.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Eu espero que hoje
esta pequena apresentação ajude de alguma forma todos a dar um upgrade nas suas
relações. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Vamos lá então? <span style="background: red; mso-highlight: red;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 18.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">METÁFORAS
ORGANIZACIONAIS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Desde que o
capitalismo passou a ser o sistema econômico predominante no mundo, as
organizações estão presentes no dia a dia das pessoas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Sendo tão importantes,
as empresas ou organizações também têm sido alvo de incontáveis estudos que
buscam compreender seu funcionamento sob inúmeros ângulos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Um destes estudos
conduzido por um administrador chamado Gareth Morgan tem o título de “Imagens
da organização”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Neste trabalho ele
defende a tese de que as teorias da administração e das organizações, no fim
das contas, são baseadas em metáforas implícitas sobre como funcionam as
organizações. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- E o que vem de fato a
ser uma metáfora?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Uma metáfora é uma
forma de entender algo a partir de um conhecimento já existente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Uma metáfora para uma
pessoa astuta, por exemplo, é a de uma raposa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Mas não podemos
esquecer que “uma forma de ver é também uma forma de não ver”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Ou seja, se por um
lado a metáfora nos abre nossos olhos, por outro ela nos cega. E preciso ter
sempre isso em mente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 35.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -36.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.1.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A
organização como Máquina <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Uma
das maneiras de enxergar as organizações é tomá-la pela metáfora de uma
máquina. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- “As Organizações são
máquinas feitas de partes que se interligam, cada uma desempenhando um papel
claramente definido no funcionamento do todo.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Conseqüentemente existe
uma tendência em esperar que as Organizações funcionem de maneira rotinizada,
eficiente, confiável e previsível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Como um relógio, como
um motor bem regulado<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Gareth Morgan diz:
"Um dos problemas mais básicos da administração moderna é que a maneira
mecânica de pensar está tão enraizada na nossa concepção do dia a dia das
organizações que muitas vezes é difícil se organizarem de outra maneira
qualquer".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 35.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -36.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.2.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A
organização como Organismo <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por
este ângulo as organizações podem ser vistas como seres vivos que nascem
crescem, eventualmente se reproduzem e morrem. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Nesta metáfora as
organizações são sistemas vivos que existem em um ambiente mais amplo (uma
cidade ou região), do qual dependem as suas necessidades, em termos de
satisfação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- A Santa Casa precisa
de colaboradores altamente qualificados e que residam na região para poder
funcionar, por exemplo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Em conseqüência desta
maneira de pensar é preciso uma cuidadosa administração para satisfazer e
equilibrar necessidades internas, assim como adaptar-se a circunstâncias
ambientais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Aqui é a organização
é como o corpo e as células: para haver corpo é preciso haver células, e para
haver células corporais é preciso haver corpo, para haver corpo e células é
preciso haver comida, e para haver comida é preciso que a comunidade a produza,
e assim por diante. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 35.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -36.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.3.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Os
criadores de metáforas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Vamos
então agora juntar os pontos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Segundo o Morgan no
seu trabalho sobre Imagens da Organização <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- "Em todos os
aspectos da vida nós definimos a nossa realidade em termos de metáforas e depois
continuamos agindo com base nestas metáforas.” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Ora, o que é uma
organização se não as pessoas que a realizam todos os dias? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- As atendentes é que
recebem o cliente, é o médico que socorre a emergência, é a enfermeira que
presta os cuidados. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- A Santa Casa de
Caridade de Diamantina de hoje não é a que foi ontem. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Não só porque os
tempos são outros, mas essencialmente porque as pessoas mudaram. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- As pessoas mudam de
roupa, mudam de lugar e mudam sua maneira de pensar e de se relacionar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Independente de
explicar a organização como um relógio ou como um organismo, no fim das contas,
as peças do relógio ou as células de uma empresa são as pessoas que trabalham
ali. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Nas empresas, em última análise, não são os setores que se relacionam, não são
ofícios que fazem as coisas andarem, não são as máquinas que produzem sozinhas.
<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
As organizações são as pessoas que se relacionam ali. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 18.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">2.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">RELAÇÕES
INTERPESSOAIS E INTRAPESSOAIS <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Quando duas ou mais
pessoas se encontram e interagem, é a comunicação entre elas que determina a
qualidade das relações. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Se pensamos que cada
pessoa tem suas metáforas, construídas a partir de suas crenças e de sua
história de vida, podemos dizer que a comunicação é um milagre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Mas como milagres são
raros, precisamos superar nossas limitações e melhorar nossa capacidade de
estabelecer relações no trabalho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Para isso precisamos compreender que ao longo da vida nos relacionamos de duas
formas básicas: com nós mesmos e como os outros.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 35.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -36.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">2.1.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">As
relações INTRApessoais<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Como o próprio nome
dá a entender a relação Intrapessoal é aquela que estabelecemos com nós mesmos.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Quando dirigimos
atenção para nossos sonhos, desejos, angústias, aspirações, emoções e tudo mais
que habita nosso eu interior, acabamos por nos conhecer melhor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
O autoconhecimento possibilita o estabelecimento de uma relação mais autêntica e
equilibrada com o mundo exterior.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Se possuímos o
conhecimento de nossos pontos fortes e fracos, se dispomos de uma auto-imagem
bem estabelecida, somos capazes de manter nossa harmonia interior mesmo nos
momentos mais difíceis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 35.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -36.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">2.2.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">As
relações INTERpessoais</span></b><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Já a relação Interpessoal é aquela que estabelecemos com as pessoas à nossa
volta, com os Outros.</span></b><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Estabelecer relações interpessoais com eficiência e eficácia significa ser
capaz de entender, interpretar e influenciar o comportamento alheio.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Todos são capazes de estabelecer relações interpessoais de boa qualidade, de
compreender o que se passa com a maioria das pessoas à nossa volta e agir a
partir disto. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- E para quem acha que
isso é coisa de psicólogo, devo lembrar que todos nós fazemos isso desde a nossa
mais tenra idade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Uma importante coisa
que aprendi sobre o desenvolvimento infantil é que a partir do momento que o
feto está com seu sistema nervoso formado, ainda no útero, ele passa a
interagir com a mãe. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Evidentemente as
mulheres aqui presentes e que são mães não precisam de nenhuma ciência para
saber disso. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- E logo após
nascermos, aprendemos a expressar nossas necessidades, regulando de alguma
forma o comportamento das pessoas à nossa volta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Com o passar dos
meses os bebes aprendem a distinguir expressões faciais de forma muito precisa
em suas figuras maternas e paternas, assim como aprendem a expressar suas
necessidades básicas como fome, surpresa e medo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Muitas pessoas gostam
de dizer que não sabem se relacionar com os outros, que têm problemas para
“socializar”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Na verdade, a maioria
dessas pessoas age deste modo mais por questões relacionas a bloqueios
construídos ao longo de sua vida, do que por falta “natural” de habilidades
sociais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Afinal, desde quando
éramos bebê estamos treinando para estabelecer relações interpessoais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- No trabalho, é esta
habilidade que possibilita um bom trabalho em equipe, com eficiência, e ainda
uma boa liderança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 18.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">3.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">ESTABELECENDO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS PRODUTIVAS - (COMUNICAÇÃO: O FATOR CHAVE)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Agora que vocês já
sabem que a relação entre os setores de uma empresa pode ser tomada pela na
relação entre as pessoas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- E que as pessoas se
relacionam de duas formas básicas, consigo mesmas (relação intrapessoal) e com
os outros (relação interpessoal).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
A pergunta é “Como melhorar os processos entre os setores de uma cadeia
produtiva?”<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Ou seja, “Como
melhorar as relações entre as pessoas que representam estes setores?” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
A resposta está na comunicação.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- A habilidade de
estabelecer os dois tipos básicos de relação está intimamente ligada a uma ação
fundadora de nossa humanidade: a comunicação verbal e não verbal. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Melhorando a comunicação entre as pessoas em uma empresa, estamos
inevitavelmente melhorando as relações interpessoais e intersetoriais. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- A questão é que para
se comunicar bem precisamos desenvolver nossa inteligência emocional, ou seja,
nosso autoconhecimento e a capacidade conhecer as características das pessoas à
nossa volta. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas como fazemos isso? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 18.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A
IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE INFORMAÇÕES - (FEEDBACK E A AUTO-EXPOSIÇÃO)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- No trabalho, e em
todos os campos de nossa vida, ao nos relacionarmos com outras pessoas,
inevitavelmente nos posicionamos de acordo com alguns critérios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Se estamos
conversando com um amigo que conhecemos há 20 anos a intimidade entre nós
determina o que pode e o que não pode ser dito, e, além disto, temos a sensação
de que estamos sendo compreendidos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Entretanto quando eu
estou no trabalho, um conjunto de regras implícitas e explicitas delimita o que
eu falo e como eu falo sobre determinados assuntos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Muitas vezes é grande
a sensação de que as pessoas não estão captando a essência do que eu estou
dizendo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Ou seja, o milagre da
comunicação pode precisar de uma ajuda para acontecer, já que nem sempre
estamos falando com amigos íntimos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- A ajuda que damos é
perguntar “Vocês estão me entendendo?”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Ao recebermos uma
resposta mantemos o fluxo de comunicação, interrompemos ou o corrigimos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- O problema é que a
comunicação está sempre sujeita a ruídos, imprecisões, falhas de entendimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Isso prejudica seu
fluxo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Assim, podemos concluir que o fluxo das informações determina a qualidade das
relações que estabelecemos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- E para que o rio da
comunicação flua livremente, dois processos são fundamentais: <b>o <i>feedback</i>
e a auto-exposição. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 35.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -36.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.1.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Feedback<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
</span></b><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Feedback</span></i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">
é uma palavra do inglês que significa “retroalimentação”, ou seja, um <i>feedback</i> é um comentário ou informação
dada sobre algo que já foi feito. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Tem por objetivo avaliar
o que foi realizado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Para as relações
interpessoais importa a <i>Busca de feedback.
<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
<i>Busca de feedback: </i>consiste no processo
de solicitar e receber informações sobre como o seu próprio comportamento está
afetando os outros com os quais você interage. Seria “Ver-se com os olhos dos
outros”.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Isso acontece, por
exemplo, quando eu me disponho a, como coordenador, perguntar e ouvir o que
meus subordinados pensam verdadeiramente sobre meu comando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Ou quando um setor
tenta obter um retorno dos demais setores que atende na cadeia produtiva, sobre
a satisfação deles em relação aos serviços prestados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 35.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -36.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.2.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <b>Auto-exposição<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
<i>Auto-exposição </i>é o processo pelo qual
revelamos o que pensamos e sentimos sobre nós mesmos e sobre o comportamento
dos que nos cercam. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Está presente tanto quando damos um <i>feedback</i>
quanto quando o solicitamos. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Ocorre, por exemplo,
quando diante de uma situação problema somos capazes de admitir que precisamos
de ajuda (estamos dizendo ao outro algo sobre nós mesmos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Ou quando um setor,
ao invés de esconder seus problemas, é capaz de expô-los àqueles setores com os
quais se relaciona para buscar uma solução.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Quando utilizamos
estes dois processos de forma equilibrada, acabamos por conhecer melhor a nós
mesmos, e também as pessoas com as quais nos relacionamos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Isso torna as relações
interpessoais mais prazerosas e mais construtivas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- E se pensarmos em
nosso local de trabalho, podemos dizer que quanto melhor forem as relações
entre os colaboradores, e, conseqüentemente, entre os setores, melhor será a
produtividade da organização como um todo.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 35.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -36.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.3.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Como
receber um Feedback <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não
é fácil aceitar nossas ineficiências e ainda mais admitir-las para outras
pessoas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Tememos que nosso
status seja afetado, que nossa reputação seja prejudicada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Mas na verdade o
velho ditado “quem avisa amigo é” é muito válido aqui. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Vamos supor que você,
de uma hora para outra, começou a ter mau hálito. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Você preferiria que
um amigo lhe avisasse, ou que as pessoas ficassem comentando pelas suas costas?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Assim, se alguém no
trabalho aparecer para lhe mostrar que você está realmente tendo um
comportamento inadequado em alguma situação, não ache ruim. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Pense que você não
está sozinho, que se estão lhe dando um <i>feedback</i>
é porque as pessoas ainda apostam em você. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Ou então já o teriam demitido.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Pense no feedback
como um presente. Recebê-lo é uma honra. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Solicite <i>Feedback</i>: </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">as
pessoas ficam mais à vontade para dizer o que pensam quando perguntamos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- <b>Esteja disposto a ouvir: </b>Não interrompa, não desestimule o
fornecedor de feedback<b>; </b>Este é um
exercício que, sendo praticado, passar a ser natural. Deixar de ser um stress,
um gerador de ansiedade e passa a “fazer parte” do cotidiano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- <b>Demonstre interesse no que é dito: </b>o <i>feedback</i> é uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional.
Seja receptivo mesmo que no momento não seja agradável, posteriormente reflita
e tire suas conclusões.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Se há dúvidas, pergunte: </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não faça suposições sobre o que
está ouvindo. Pergunte, esclareça o que a pessoa quer lhe dizer.<b> <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Solicite exemplos concretos: </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">De quanto mais detalhes
você dispuser, melhor poderá compreender a situação criticada. <b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Não se justifique: </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">É natural que tentemos nos defender nos
desculpando, apontando culpados ou motivos, mas isso nos impede de ouvir o que
está sendo dito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Respire, controle as emoções: </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Aumentar a oxigenação
do corpo ajuda a relaxar, o que permite que nossa mente se concentre. Procure
manter as emoções despertadas sob o domínio da racionalidade. De nada vai
adiantar gritar, bater na parede. Aproveite a oportunidade para crescer, não
para criar um problema. <b> <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <b>- Organize
e avalie o que ouviu: </b>Não adianta ouvir uma crítica se não refletimos sobre
ela. Organize e analise atentamente o que você ouviu. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Agradeça: </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Alguém está lhe dando um presente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="text-indent: -36pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.4.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><b style="text-indent: -36pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Como
fornecer um Feedback</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Apesar de parecer,
fornecer um <i>feedback</i> não é tão fácil.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Gostamos de dar
conselhos, nos sentimos importantes com isso, mas a importância do <i>feedback </i>está para quem o recebe e não
para quem dá. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Costumamos reagir
apenas a um aspecto do que vemos no comportamento do outro, isso pode nos levar
a usar o <i>feedback</i> como um desabafo
nosso ou como uma forma de agressão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Esperamos
erroneamente que ao dar um <i>feedback</i> o
outro siga nosso “conselho”, e por isso tendemos a nos ressentir com isso. O
que não deveria acontecer. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Também podemos temer
a reação do outro, que o <i>feedback</i>
seja mal interpretado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Ou seja, dar <i>feedback </i>não é simplesmente dizer o que
se pensa indiscriminadamente, pelo contrário exige preparo, planejamento e
objetivos específicos. <b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Escolha o melhor momento e lugar: </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O melhor momento para
dar um bom retorno é no momento da ação a ser criticada ou elogiada, mas nem
sempre isso é viável. Não devemos colocar a pessoa em uma situação constrangedora,
dependendo do que será dito não o faça em público. <b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- <b>Seja cordial, nunca hostil: </b>Educação é essencial em qualquer
situação, ser hostil só fará com que a pessoa não escute o que você está lhe
dizendo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- <b>Evite uma atitude de superioridade: </b>Em geral as pessoas escutam
melhor quando tem uma percepção de igualdade em relação a quem lhes fala. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- <b>Forneça <i>feedback</i> positivo e
negativo: </b>A pessoa ficará mais receptiva se mencionar também elogios e os
seus aspectos positivos.<b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-<b> Descreva fatos concretos, específicos: </b>Evite generalizações e seja
específico, concreto e descritivo nos comportamentos a que quer fazer
referência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Foco na conduta e não a pessoa: </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O importante são os
fatos e não o caráter da pessoa. Não faça inferências sobre os sentimentos, atitudes
ou motivos da outra pessoa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Valorize termos como ‘mais’ ou ‘menos’, ao invés de ‘bom’ ou ‘ruim’: </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Dizer
que algo é bom ou ruim é muito subjetivo, e pode criar uma sensação de que se
está sendo julgado. Valorize a imparcialidade dizendo que se espera mais de um
comportamento, e menos outro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Não dê conselhos, compartilhe idéias: </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Dar <i>feedback </i>não é dizer o que você acha que
a pessoa deveria fazer, mas<b> </b>mostrar
a ela como ela está fazendo as coisas. Mudar ou não é uma opção da pessoa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Explore alternativas para problema: </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Melhor que dizer o que
a pessoa deve fazer, é apontar alternativas viáveis de mudança. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
O <i>feedback</i> deve ser útil para quem
recebe: </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não para quem dá.<b> <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Não faça imposição, pressão ou ameaça: </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nenhuma destas ações
são compatíveis com um <i>feedback</i>, elas
apenas impõe um distanciamento entre quem dá e quem recebe o <i>feedback</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Mantenha esta prática: </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Dar <i>feedback</i> constantemente e com um objetivo definido só melhora as
relações no trabalho, levando as equipes a maior eficácia e eficiência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">OS
ESTÍLOS INTERPESSOAIS </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Em situações reais este o equilíbrio entre o feedback e a auto-exposição é
raro, pois normalmente as pessoas, os grupos e setores formados por elas, têm
preferência por utilizar mais freqüentemente um mecanismo em detrimento do
outro.</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Isto gera problemas nas relações interpessoais e intersetoriais. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Em um estado grande de
desequilíbrio podemos observar tensões, hostilidades e ressentimentos entre as
pessoas ou setores, tão prejudiciais aos relacionamentos e, no caso das
organizações, à produtividade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Para evitar isso
precisamos ter consciência alguma consciência de como estamos utilizando o <i>feedback</i> e a auto-exposição em nosso
dia-a-dia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Para melhorar esta consciência vamos conhecer alguns estilos extremos de
relação interpessoal com base na quantidade de auto-exposição e <i>feedback</i> existente nas relações. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 35.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -36.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.5.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Estilo
“Entrevistador”<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Refere-se àquela
pessoa que <b>está sempre perguntando sobre
o que os outros acham dela</b>, como a percebem, o que acham das suas atitudes,
ou seja, está sempre solicitando feedback.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Contudo, ao mesmo
tempo em que “exige” que as pessoas se mostrem, <b>deixa claro sua pouca disponibilidade para se expor, dando escassa abertura
para que os outros possam conhecê-la.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Geralmente este modo
de agir aparece com perguntas repetitivas do tipo “o que você pensa a respeito
disto?”, “Como é que você teria agido se estivesse na minha pele?”, “O que você
acha do que acabei de lhe dizer?”, “Qual a sua opinião a respeito do grupo?”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Ela procura saber a
opinião dos outros antes de emitir a sua e se comprometer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Esta maneira de
estabelecer relações acaba gerando, no longo prazo, sentimentos de
desconfiança, reserva, ansiedade, desgosto e hostilidade nas pessoas em torno
do entrevistador, que quase sempre é visto pelo grupo como superficial e
distante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Como conseqüência as
outras pessoas podem considerar tal postura de falta de abertura como um sinal
de desconfiança e tentativa de controle, causando até reações de desprezo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Em se tratando de setores em uma empresa, esta postura relacional se
caracterizaria por uma tentativa constante de obter informações a respeito dos
outros setores da empresa, associada a uma restrição desmedida em relação à
divulgação de informações referentes aos seus processos e políticas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Esta postura pode ser
observada em muitos setores administrativos, o que neste caso acaba gerando uma
constante tensa, insegurança, e um clima fechado ao diálogo por conta da
constante afirmação de autoridade e de assimetria na relação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 35.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -36.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.6.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Estilo
“Matraca”<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Refere-se àquela <b>pessoa que procura sempre dizer o que pensa
aos que lhe cercam</b>, ou seja, está<b> </b>sempre
recorrendo ao processo de auto-exposição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- <b>Mas em contra partida solicita pouco <i>feedback</i></b>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Costuma criticar os
outros com a convicção de que está sendo franco, honesto e construtivo,
acreditando que está sendo aberto com o grupo e conhecido por todos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Por outro lado,
mostra-se insensível ao lhe dizem, simplesmente “não dá ouvidos” ao que os
colegas lhe dizem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Normalmente fica
zangado quando alguém lhe dá um <i>feedback</i>
e simplesmente se retira, o que faz com ele não perceba como está sendo visto
pelos outros e qual o impacto que provoca nas relações. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Com o passar do tempo
as pessoas passam a perceber o “Matraca” como egocêntrico, excessivamente
confiante nas suas próprias opiniões e autoritário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Os colegas acabam
sentindo-se lesados em seus direitos, por não receberem consideração, podendo
tornar-se inseguros, hostis e defensivos em relação à pessoa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Quando este modelo relacional reflete o modo de um setor se relacionar com os
demais, seus clientes e fornecedores são vistos sempre como os responsáveis por
algo que dá errado. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Apesar de parecer que
tal setor está sempre preocupado com o bom funcionamento dos processos na
organização, ele dificilmente aceita receber críticas para melhorar seu
trabalho, ou seja, não faz uso do <i>feedback</i>
como função corretiva da realidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- A comunicação
intersetorial acaba sendo reduzida do diálogo para o monólogo, o que faz com
que os demais setores considerem a relação com o setor “Matraca” impossível,
visto que “eles só sabem criticar”, gerando apatia e tornando o processo
produtivo ineficiente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 35.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -36.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.7.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Estilo
“Tartaruga”<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
O indivíduo aqui usa de forma muito reduzida o <i>feedback</i> e a auto-exposição para estabelecer comunicação, o que
torna seu relacionamento com os outros quase impessoal.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- A pessoa parece
possuir um casco duro em torno de si que a impede de assumir riscos, de ter
comportamentos mais espontâneos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Está sempre mais
observando do que participando. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Os integrantes do
grupo que têm pouca participação acabam recebendo pouco <i>feedback</i> pois não oferecem dados ao grupo, para que este possa
reagir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Este estilo aumenta a
possibilidade de gerar hostilidade nos outros, pois a falta de relacionamento
geralmente é interpretada em função das necessidades das outras pessoas, ou
seja, “se eu me relaciono não é justo que ela não o faça”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Em termos grupais
este modelo de relacionamento é extremamente prejudicial para a organização que
precisa que seus setores trabalhem em sintonia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Agindo desta maneira os setores se isolam, não recebem nem proporcionam
feedback. Todos continuam fazendo “o seu trabalho” sem se preocupar se no
conjunto a organização está sendo eficaz e eficiente. </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 35.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -36.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">4.8.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Estilo
“Equilibrado”<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
Mostra uma pessoa cujo grande parte do comportamento está à mostra para as
demais pessoas, que busca constantemente expor suas opiniões pertinentes às
situações (auto-exposição), assim como procura ouvir o que têm os outros a lhe
dizer sobre seu próprio comportamento (<i>feedback</i>).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Quando ocorrem
relações com este nível de equilíbrio, a tendência é haver uma menor margem de
interpretação ou má interpretação na comunicação, pois sempre é possível buscar
o esclarecimento do que está sendo dito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- A adivinhação
torna-se desnecessária, pois <i>não</i>
existe o clima de “não vou perguntar para não ofender” ou de “não vou dizer que
tem algo errado, pois vão achar que eu estou querendo ferrar com eles”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">-
No caso de se referir ao setor de uma empresa, podemos dizer que este setor
procurar manter uma comunicação aberta e franca com os clientes e fornecedores
de sua cadeia produtiva, expondo os problemas que surgem ao longo dos
processos, e estando sempre disposto a ouvir e avaliar verdadeiramente as
opiniões sobre como vem prestando seus serviços.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Esta abertura poderá
parecer estranha para algumas pessoas ou para algumas organizações no começo,
podendo ser considerada imprópria ou ameaçadora em algumas situações. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Contudo a médio e
longo prazo normas de franqueza recíproca são estabelecidas e a confiança
mútua, a criatividade e uma maior coesão entre as pessoas e grupos acabam por
solidificar relacionamentos significativos e eficazes. <o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 18.0pt; mso-add-space: auto; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 18.0pt; mso-add-space: auto; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 18.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">5.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">RESUMO
E CONCLUSÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Bem, falamos hoje
sobre como independentemente do modo de ver e gerir as organizações, seja a
partir da idéia de que elas funcionam como uma máquina ou como um organismo, em
última analise elas são formadas por pessoas que se relacionam entre si. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Falamos sobre a
capacidade de nos relacionarmos com nós mesmos (relacionamento intrapessoal) e
com os outros (relacionamento interpessoal). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Vimos que a
comunicação seja ela verbal ou não-verbal é o grande combustível das relações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Aprendemos que desde
o momento em que nascemos passamos a desenvolver a capacidade de nos
comunicarmos, e que de fato a comunicação é a ponte entre quem somos e todas as
pessoas que nos cercam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">- Vimos também que esta
ponte é uma via de mão dupla onde, se por um lado é importante ouvir o que
dizem os outros sobre nossas ações (<i>feedback</i>),
por outro é essencial dizer aos outros o que pensamos a respeito de suas
atitudes (auto-exposição).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Em fim, eu espero estes
minutos tenham acrescentado algo à vida de vocês, obrigado a todos!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></u></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">REFERÊNCIAS
UTILIZADAS<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<a href="http://www.racine.com.br/setor-industrial/portal-racine/setor-industrial/dar-e-receber-feedback-um-grande-desafio-da-competencia-interpessoal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">http://www.racine.com.br/setor-industrial/portal-racine/setor-industrial/dar-e-receber-feedback-um-grande-desafio-da-competencia-interpessoal</span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<a href="http://www.ecoach.com.br/?p=558"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">http://www.ecoach.com.br/?p=558</span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<a href="http://groups.ist.utl.pt/unidades/tutorado/files/Feedback.pdf"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">http://groups.ist.utl.pt/unidades/tutorado/files/Feedback.pdf</span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<a href="http://www.huggardcaine.com.br/Artigos/artigo10.pdf"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">http://www.huggardcaine.com.br/Artigos/artigo10.pdf</span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<a href="http://www.businessballs.com/johariwindowmodel.htm"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">http://www.businessballs.com/johariwindowmodel.htm</span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<a href="http://www.sabbi.com.br/site/aed.php?id=36"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">http://www.sabbi.com.br/site/aed.php?id=36</span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<a href="http://www.4shared.com/office/EsMCrud8/004_-_moscovici_-_4_a_janela_j.html"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">http://www.4shared.com/office/EsMCrud8/004_-_moscovici_-_4_a_janela_j.html</span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<a href="http://pt.scribd.com/doc/57454409/Psicologia-Aula-Sobre-JANELA-de-JOHARI"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">http://pt.scribd.com/doc/57454409/Psicologia-Aula-Sobre-JANELA-de-JOHARI</span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<a href="http://pt.scribd.com/doc/14533795/Tecnica-Janela-de-Johari"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">http://pt.scribd.com/doc/14533795/Tecnica-Janela-de-Johari</span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<a href="http://site.suamente.com.br/metaforas-da-organizacao-parte-1/"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">http://site.suamente.com.br/metaforas-da-organizacao-parte-1/</span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<a href="http://www.golfinho.com.br/artpnl/artigodomes200706.htm"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">http://www.golfinho.com.br/artpnl/artigodomes200706.htm</span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-55190333375614062792012-11-03T15:25:00.000-07:002012-11-03T15:36:26.535-07:00Se Liga, Pivete! - Roteiro por Ítalo Mazoni & Eduardo Maskell <span style="font-size: large;">Entre 2010 e 2011 eu fiz um curso de Roteiro Cinematográfico no projeto Cine Arte, que ocorreu na UNEB, inicialmente.<br /></span><br />
<span style="font-size: large;">Agora o vídeo de um dos roteiros produzidos foi publicado no youtube. <br /><br />Eu e o companheiro Eduardo Maskell escrevemos "Se liga, Pivete", o vídeo que segue!</span><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/A7ZkiwiW8KU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Parabéns e a todos os envolvidos no Projeto Cine Arte!</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Tirar a fantasia do papel para a tela não é nada fácil.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Como o trabalho foi um exercício de aprendizagem, segue um link para o roteiro, como foi escrito. </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Pra quem gosta das letras e das imagens vale a pena dar uma olhada para ver como uma coisa é o texto e outra coisas é filmar... </span><br />
<div>
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<br />
<a href="http://www.4shared.com/file/Y3qx8-fg/Se_Liga_Pivete_-_Roteiro_-_tal.html?" target="_blank"><span style="font-size: large;">Se liga, Pivete! - Roteiro</span></a><br />
<br />
<br /><br />Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-55468245731846673782012-03-06T08:35:00.002-08:002012-03-06T08:39:02.723-08:00Concurso Público… Dá pra passar?Em 2012 os órgãos federais e estaduais irão oferecer pelo menos <a href="http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2012/01/concursos-previstos-para-2012-devem-oferecer-43-mil-vagas.html">43,8 mil vagas</a> aos candidatos que pretendem ingressar no serviço público. O número parece grande, mas não é nenhuma novidade que as vantagens de um cargo público, como estabilidade econômica e certeza de um bom salário no fim do mês, fazem dos concursos públicos uma guerra bem mais acirrada que o vestibular, por exemplo. Só para se ter uma idéia, a concorrência no ano de 2012 para uma vaga no curso de medicina na UFBA foi de 49,67 candidatos por vaga, já para o último concurso do INSS realizado esse ano, a proporção foi de 610,18 candidatos por vaga. Diante dessa realidade a pergunta é “Dá mesmo pra passar num Concurso Público?”<br /><br />Só a título de curiosidade <a href="http://femininoealem.com.br/">circunstancial</a>, a afirmativa a esta pergunta parece ser maior para os homens. Segundo levantamento feito por um site especializado em concursos, as mulheres apesar de serem maioria nos cursos preparatórios ainda são menos representadas nos quadros do funcionalismo estatal. O porquê disso? Os velhos aspectos sociais, históricos e culturais, mas isso daria uma tese e nossa questão inicial aqui é mais simples e sua resposta vale para ambos os sexos: Sim, dá para passar, mas…<br /><br />Primeiro, não será sem sacrifícios. A aprovação exige um nível de conhecimento específico e enciclopédico em variados assuntos, que muitas vezes não fazem parte da sua realidade, assim, para dominá-los, horas e horas de estudo serão necessárias. Além disso, não basta “ser da área” para ir bem em um certame. Isto porque concurso público é uma forma de testagem, uma avaliação de conhecimentos a partir de um conjunto de parâmetros controlados. O que significa que não adianta ter feito direito para passar em um concurso na área jurídica. Além de ter o conhecimento exigido é preciso saber responder uma prova de concurso que no fim das contas não tem relação objetiva com a realidade. Sim, eu sei que existe uma margem de generalização das questões para o mundo real, mas o teste em si não é a realidade e sim uma cópia imperfeita dela. Ou seja, é preciso se tornar um especialista em responder provas de concurso, o que significa na prática planejamento, foco, disciplina. Tradução: Adeus baladas, cinema, TV, leituras por prazer, etc.<br /><br />Segundo, não será na primeira tentativa. Nem na segunda, e talvez nem na terceira. A menos que você pertença a uma minoria de pessoas privilegiadas com uma sagacidade, inteligência e sorte fora do comum, acredite, o velho “fui bem na prova” não significa nada no mundo dos concursos. Com uma concorrência tão acirrada só dá pra dizer que com alguma certeza que se conseguiu entrar no páreo acertando no mínimo 90% da prova. Agora veja, normalmente uma prova trata sobre 3 ou 4 matérias ao longo de 60 questões, sendo que cada questão possui 5 alternativas, assim o candidato precisa, no fim das contas, avaliar ao todo 300 alternativas. Isso em 4 ou 5 horas, além de, às vezes, depois disso tudo ter que escrever uma redação. Pense comigo, mesmo estudando muito, quantos podem garantir nota 9 tentando só uma vez? Persistência é indispensável. Tanto que os “concurseiros” adoram repetir que não estudam para passar e sim “até passar”.<br /><br />Texto publicado originalmente em: http://femininoealem.com.br/4016/concurso-publico-da-pra-passar-concurso-publico-da-pra-passar-concurso-publico-da-pra-passar-concurso-publico-da-pra-passar-concurso-publico-da-pra-passar/Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-11632581406031426482011-05-01T07:05:00.001-07:002011-05-01T07:22:49.961-07:00Tapando BuracosAcontece assim... em um dia comum como qualquer outro... ontem estavam lá... hoje lhes viram a face... A amizade, como todas as relações carnais, é frágil... É delicada... <br />Sei que estas palavras não lhes chegarão aos ouvidos... Mas dizê-las assim... repetidas vezes dentro de mim, talvez amenize o fulgor que banha meu corpo todos os dias ao lhes ver... No café, na TV, nas escadas... Ditas assim, esculpias em epitáfio, findarão meu luto há muito iniciado... Pesar que guardava a esperança humana dos que amam: o regresso da morte. Ah, humanidade que me banha os olhos, o corpo, a alma... só tu para teres esperança... Eu de cá, racional, já antevejo... Ainda que voltem jamais serão os mesmos... Quem do lado de lá caminha não mais por aqui se aninha... <br />Adeus, e pela última vez, amigos. <br /><br /><br />A UM AUSENTE<br />(Carlos Drummond de Andrade)<br /><br />Tenho razão de sentir saudade,<br />tenho razão de te acusar.<br />Houve um pacto implícito que rompeste<br />e sem te despedires foste embora.<br />Detonaste o pacto.<br />Detonaste a vida geral, a comum aquiescência<br />de viver e explorar os rumos de obscuridade<br />sem prazo sem consulta sem provocação<br />até o limite das folhas caídas na hora de cair.<br /><br />Antecipaste a hora.<br />Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.<br />Que poderias ter feito de mais grave<br />do que o ato sem continuação, o ato em si,<br />o ato que não ousamos nem sabemos ousar<br />porque depois dele não há nada?<br /><br />Tenho razão para sentir saudade de ti,<br />de nossa convivência em falas camaradas,<br />simples apertar de mãos, nem isso, voz<br />modulando sílabas conhecidas e banais<br />que eram sempre certeza e segurança.<br /><br />Sim, tenho saudades.<br />Sim, acuso-te porque fizeste<br />o não previsto nas leis da amizade e da natureza<br />nem nos deixaste sequer o direito de indagar<br />porque o fizeste, porque te fosteÍtalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-62175368613136190832011-04-27T18:53:00.000-07:002011-05-06T05:54:59.565-07:00SOBRE A FORMAÇÃO DE PESQUISADORES NA GRADUAÇÃOSOBRE A FORMAÇÃO DE PESQUISADORES NA GRADUAÇÃO <br /><br /><blockquote>Discurso realizado pelo estudante de psicologia Ítalo Mazoni no lançamento de uma coletânea de textos acadêmicos da série Diversidade e Convivência, produzido pela Pro-reitoria de Assistência Estudantil e Ações afirmativas da UFBA. O evento foi realizado no dia 27 de abril de 2011 e contou com a presença da reitora da universidade Dora Leal, diversos diretores de unidade, além de professores, funcionários, alunos e seus familiares. <br /></blockquote><br /><br />Boa noite a todos e todas. Que bom que vocês vieram. Bem, me deram 5 minutos, mas acho que 10 não vão deixar ninguém chateado. Antes eu queria agradecer por estar aqui ao pessoal do conviver, aos meus amigos e colegas da universidade, da residência e finalmente aos meus orientadores o professor Antônio Marcos Chaves e a professora Sônia Sampaio que está aqui presente. <br /><br />Esses dias eu tava em casa, lá na residência universitária, conversando com um amigo e falávamos sobre o futuro, sonhos ideais... Essas coisas que a gente vai lapidando durante a vida. <br /><br />E ai a certa altura ele me deu um feedback muito interessante e ressignificou algo de minha infância. <br /><br />Nós conversávamos sobre educação e educar – a velha tarefa impossível – e sobre como isso era importante para nós... <br /><br />Em determinada momento eu lhe falava que... Quando era criança eu queria ser astronauta. Sinceramente eu queria ser astronauta! Conhecer o espaço, as estrelas... <br /><br />Mas ai, fui crescendo e entendi o quanto isso seria difícil para um latino americano de baixa estratificação social... Então eu resolvi mudar pra algo mais fácil...<br /><br />Mudar o mundo! É claro que eu vi que ia ser difícil fazer isso em uma só vida... Então pensei em algo mais real... <br /><br />Mudar a educação em nosso país...<br /><br />Desde lá venho perseguindo este objetivo... Inclusive meu trabalho no livro é sobre educação. Lá eu trato de como os jovens hoje não recebem nem educação e nem ensino nas escolas públicas de nosso estado... <br /><br />Mas voltemos ao meu amigo... Depois que eu falei, ele parou, refletiu e disse <br />“é a perspectiva do observador, né? Sair da Terra para olhar de volta para ela... observar de fora e ver melhor...” Fiquei surpreso, pois nunca tinha pensado nisso... E de fato é o que me move... O procurar, o esclarecer, o compreender, o descrever... Em fim... O pesquisar, a pesquisa.<br /><br />E aqui estou... publicando meu primeiro artigo acadêmico... depois de ter aprendido um monte de coisas neste universo que é o ensino superior...<br /><br />Desde o primeiro semestre aqui na UFBA, eu estou inserido em grupos de pesquisa... E acreditem... Durante os últimos 5 anos e meio (ou seja, por toda a graduação) eu consegui obter bolsas... Certamente muitos dos estudantes aqui presentes podem imaginar o quanto isso foi difícil... <br /><br />Mas hoje estamos até melhorando, temos o programa Permanecer com suas tantas bolsas... Mas ainda não é suficiente quando se trata de formação através do ensino, da pesquisa e da extensão. <br /><br />Todos sabem que não basta dinheiro para Permanecer, é preciso mais... é preciso igualdade de oportunidades. <br /><br />Me digam ai, depois ouvirem essa minha fala sobre ser astronauta, amar a ciência e mudar mundo... Vocês seriam capazes de adivinhar qual foi minha prioridade numero 1 durante cinco anos e meio de formação? Estudar, aprender uma profissão, me tornar um pesquisador... <br /><br />Sobrevivência meus caros... Essa foi minha prioridade... Estou falando aqui, de ter quer colocar em primeiro lugar a bolsa e em segundo plano qualquer outra coisa... <br /><br />Ou os professores aqui presentes acham mesmo que todos os seus bolsistas estão nas suas pesquisas porque amam o tema? Eu acho que não...<br /><br />Nós, com pouco ou nenhum recurso financeiro, depois de alcançarmos o sonho de chegar a universidade aprendemos a duras penas que mais vale a bolsa que o ideal...<br /><br />Afinal, sem bolsa eu não tenho nem como terminar a graduação, não é?<br /><br />Mas há quem possa escolher... Quantos colegas de curso eu ouvi dizer “vou largar essa bolsa... odeio só ficar transcrevendo entrevista” e largavam mesmo... <br /><br />Bom para eles... que tinham essa opção. Pior para nós que, enquanto estudantes, ainda precisamos Trabalhar para ganhar dinheiro ao invés de ganhar dinheiro para estudar...<br /><br />(Pausa) <br /><br />Bem, tem outra coisa além da igualdade de oportunidades que necessária a uma boa formação... <br /><br />Vamos supor que, com alguma sorte, o cara tenha conseguido juntar a necessidade da bolsa com o tema de pesquisa que realmente desejava. <br /><br />Tudo resolvido? Teremos em fim um pesquisador com sólida formação, capaz de contribuir efetivamente e eticamente com o desenvolvimento da nação? <br />Bem... Antes disso tem a orientação...<br /><br />(?) Quantos dos bolsistas aqui presentes já ficaram revoltados com ordens meramente “tarefeiras” dos orientadores? <br /><br />(?) Quantos aqui chegaram à primeira orientação ou reunião de grupo de pesquisa, altamente empolgados para aprender a fazer pesquisa e receberam “nos peitos” uma entrevista de 2 horas para transcrever? <br /><br />Pior que isso mesmo, só aquelas tarefas que não têm ligação nenhuma com a pesquisa... “Faça isso, vá ali, veja aqui, resuma aquele texto para o mestrando, levante aquela bibliografia para o doutorando, você ainda me deve 2 horas das vinte semanais então fique no laboratório...” <br /><br />E você lá, sem saber onde seu plano de trabalho vai entrar, sem saber como interpretar aqueles dados, sem saber como redigir um artigo, sem aprender metodologia de pesquisa, sem entender nada de obtenção de recursos, matando o tempo na internet só para cumprir a carga horária...<br /><br />Mas quando chega a hora do relatório final... Adivinhem! Você é cobrado como se alguém tivesse te ensinado alguma coisa... <br /><br />Depois disso, milagrosamente, pode aparecer um artigo do seu orientador com o seu nome de apêndice... <br /><br />E pela primeira vez você entende para que serviam aqueles dados... Vê que alguém (seu orientador) sabe utilizar os instrumentos de interpretação de dados... E percebe, finalmente, que você é mera mão de obra barata... E não um pesquisador em formação. <br /><br />Ah, seria injusto não lembrar aqui que às vezes acontece o contrário... <br />O bolsista se mata de estudar e trabalhar, faz um belo artigo sozinho, e no final, na hora de apresentar em algum congresso, tem que colocar, obrigatoriamente, como co-autor o seu querido orientador que não fez nada além de assinar os papéis...<br /><br />E não acaba ai... depois de um ano de pesquisa... Chega o momento de renovar ou não bolsa... <br /><br />Você queria muito largar esse projeto... Mas ai olha para os longos anos que faltam para o fim da graduação e pensa... “melhor ter uma bolsa na mão, do quer ser parte do índice de evasão.” <br /><br />Para encerrar... <br /><br />Assistência estudantil e recurso para o desenvolvimento da ciência não é ajuda social, não é caridade da universidade, não é amor do Reitor, Pró-reitor nem do orientador pelos seus alunos... É investimento do Estado no desenvolvimento da nação.<br /><br />Quando um estudante deseja ser um pesquisador e consegue uma formação sólida... Ele é capaz de cumprir o compromisso de retornar em benefícios para a sociedade aquilo que ela lhe ofereceu com uma formação pública, gratuita e de qualidade.<br /><br />Mas se ele passa toda a vida acadêmica servindo de mão de obra barata, e tendo que pensar no pão de amanhã de manhã, como é que ele vai poder dar este retorno? <br /><br />Eu sei que a desigualdade está por todos os cantos da universidade... Mas estou tratando deste problema em relação à formação de pesquisadores. <br /><br />Por conseguinte, alguns gestores e professores em protesto poderiam vir me dizer que eu alardeio essas coisas apenas porque não conheço a burocracia que permeia o fazer acadêmico, porque como estudante eu não tenho que multiplicar minha produção acadêmica para ganhar bolsa de produtividade, que eu não sei o que é prestar contas de recursos públicos, fazer relatórios, orçamentos, orientar mestrandos e doutorandos, dar aulas... <br /><br />É, pode ser que eu não saiba. Mas sei que não é mais possível apenas supervalorizar os alunos que são exceções, tomando-os como provas de que a formação em pesquisa funciona de modo equivalente para todos. Quero crer que apesar de todos os artigos e relatórios a preencher, os senhores sabem que é possível agir de modo diferente... A questão é vocês querem?<br /><br />Nós aqui hoje, publicando estes artigos, somos as exceções, nossas trajetórias certamente são ricas em superações... Ótimo para nós... Que sirvamos de exemplo e inspiração... Mas que nunca nos tomem como exemplo de que as oportunidades estão ai para quem quiser... Que nunca nos usem como símbolos de que “basta querer para chegar lá” porque nem sempre é assim. <br /><br />Nós encontramos modos de driblar as determinações e sustentar nossa escolha pela pesquisa... <br /><br />(?) Mas quantos milhões de jovens, aqui e lá fora, se quer puderam sonhar um dia em serem astronautas?<br /><br />Muito Obrigado. <br /><br /><br />Sobre o lançamento dos livros: http://www.ufba.br/noticias/proae-e-edufba-lan%C3%A7am-livros-do-projeto-conviver<br /><br />http://www.ufba.br/noticias/proae-e-edufba-lan%C3%A7am-livros-do-projeto-conviverÍtalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-33317136969509217602011-04-22T16:28:00.001-07:002011-04-22T16:51:24.265-07:00Mither v. (Britânico) irritar, importunar; reclamarDesassossegado<br />Pensei te bordar em verso<br /> Mas paralisei<br />Já és epígrafe de um verbo<br /> <br />à Mither AmorinÍtalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-65822300881918675192011-03-26T20:20:00.000-07:002011-03-26T20:44:26.695-07:00Velações...Anseios como tripas inquietas percorrem os descaminhos do meu dentro. <br />Fincadas no barro da existência, caladas de letras ou logicismos tudo é pulsar. <br />Desespero quando tudo aqui quer ser ao mesmo lugar e tempo.<br />Lá e cá na testa e no mindinho a angústia circula no meu veneno.<br /><br />Deixa-la partir nas razões é vão<br />Ela jamais tomara o rumo da prosa. <br />Tranca-la à sete mágoas da consciência! <br />Mas não tardaria de virem mil anos para fazer do cemitério <br />Terreno remexido e tornar a se abrir o caixão. <br />O que finda em mim pede cerimônia de Adeus<br />Beber o morto, cafezinho vela e sermão...<br /><br />Cessa teu vagar espírito de apego!<br />Deixa a barriga digerir e obrar<br />Qualquer pedaço que pode o desejo abocanhar <br /><br /><br />Ítalo MazoniÍtalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-40051501798107448812011-03-21T19:57:00.000-07:002011-03-21T20:01:07.203-07:00Só...Só choro<br />Só Grito<br />Só Calo<br /><br />Só vivo<br />Só Morro<br />Só SouÍtalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-1454671707279727642011-02-11T17:24:00.000-08:002011-02-11T17:27:18.774-08:00Leia de baixo para cima....<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; "><table width="100%" cellpadding="0" cellspacing="0" border="0" style="font-size: 13px; "><tbody><tr><td width="143" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; "><img src="https://mail.google.com/mail/help/images/logo.gif" width="143" height="59" alt="Gmail" style="border-top-width: 0px; border-right-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-style: initial; border-color: initial; " /></td><td align="right" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; "><span ><b>Italo Mazoni dos Santos Goncalves <italomazoni@gmail.com></b></span></td></tr></tbody></table><hr style="font-size: 13px; "><span style="font-size: 13px; "><b>[etnopsicologia] Nova aluna da UFBA é exemplo de superação</b></span>
<br /><hr style="font-size: 13px; "><table width="100%" cellpadding="0" cellspacing="0" border="0"><tbody><tr><td style="font-family: arial, sans-serif; "><b><span class="Apple-style-span" >Italo Mazoni <italomazoni@gmail.com></span></b></td><td align="right" style="font-family: arial, sans-serif; "><b><span class="Apple-style-span" >11 de fevereiro de 2011 22:23</span></b></td></tr><tr><td colspan="2" style="font-family: arial, sans-serif; "><div><span class="Apple-style-span" >Para: etnopsicologia@yahoogrupos.com.br</span></div></td></tr><tr><td colspan="2" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; "><table width="100%" cellpadding="12" cellspacing="0" border="0"><tbody><tr><td style="font-family: arial, sans-serif; "><span><span >Não podemos esquecer que exceções são boas para quem é uma delas. Mas para o restante dos jovens submetidos a um sistema de educação perverso, as exceções e sua midiatização colaboram para fortalecer a idéia de que através do esforço individual é possível chegar lá, maquiando todas as distorções presentes nas escolas públicas de nosso estado. Distorções estas que perpetuam não o que é singular, mas sim a regra: pobre continua pobre e rico continua rico. A elite intelectual rica é formada nas universidades públicas e os exércitos de reserva são treinados nas faculdades de segunda categoria para depois obedecerem a elite.</span><div><span >
<br /></span></div><div><span >Só pra não esquecer...</span></div><div><span >
<br /></span></div><div><span >Abraços a todos </span></div><div><span >
<br /></span></div><div><span >Ítalo </span>
<br />
<br /><div class="gmail_quote">Em 11 de fevereiro de 2011 19:52, Lélia Custódio <span dir="ltr"><<a href="mailto:leliacustodio@yahoo.com.br" target="_blank" style="color: rgb(0, 0, 204); ">leliacustodio@yahoo.com.br</a>></span> escreveu:<span >
<br /><blockquote class="gmail_quote" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0.8ex; border-left-width: 1px; border-left-color: rgb(204, 204, 204); border-left-style: solid; padding-left: 1ex; "><div style="background-color: rgb(255, 255, 255); "> <div><div><div><p>Nova aluna da UFBA é exemplo de superação
<br />09/02/2011 - 13h01
<br />Mona Lisa venceu barreiras para entrar na universidade
<br />A aprovação no vestibular da UFBA para o curso de História deu à estudante Mona
<br />Lisa Nunes de Souza uma fama inesperada. De acordo com análises pessimistas, ela
<br />tinha tudo para ser mais um de tantos excluídos, mas sua perseverança fez dela
<br />um exemplo de superação. Casada, aos 23 anos a futura historiadora sobrevive
<br />vendendo picolés e sorvetes e teve sua história de vida contada em reportagem do
<br />jornal Correio* do dia 7 de fevereiro também foi transmitida para o Brasil
<br />inteiro pelo telejornal da Rede Record. Nesta terça-feira (8 de fevereiro), Mona
<br />Lisa foi conhecer a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, onde terá aulas,
<br />sendo recebida pelos professores Joviniano Neto, Cássia Maria M. Carletto,
<br />coordenadora do curso de História, e Jocélio Teles da Silva Souza, coordenador
<br />do Programa de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos da UFBA (Posafro).
<br />
<br /><a href="http://www.ufba.br/" target="_blank" style="color: rgb(0, 0, 204); ">www.ufba.br</a>
<br />
<br /></p></div><div style="color: rgb(255, 255, 255); min-height: 0px; font-size: 13px; ">__._,_.___</div></div></div></div></blockquote></span></div></div></span></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></span>Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-23803942324344408422011-01-17T19:30:00.000-08:002011-01-17T19:57:34.307-08:00Ira - s. f. 1. Cólera, raiva contra alguém. 2. Indignação. 3. Desejo de vingança.<p class="MsoNormal" align="center" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:center;line-height:normal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" align="center" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; line-height: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">(Por Ítalo Mazoni)</span></p><p class="MsoNormal" align="center" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><span style="font-family: Arial, sans-serif; "><o:p> </o:p></span></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: right;margin-bottom: 0.0001pt; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><span style="font-family: Arial, sans-serif; "><o:p> </o:p></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">Personagens: JOVEM 1 e JOVEM 2</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><span style="font-family: Arial, sans-serif; "><o:p> </o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; ">CENA 01 – INT/NOITE VARANDA<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">Da varanda do alto de um prédio o JOVEM 1 observa o vale circundado por outros prédios de apartamentos, com suas varandas e janelas banhadas por luzes amarelas, brancas e azuis. Seu olhar percorre com curiosidade e displicência as molduras iluminadas se detendo em algumas. No escritório de um homem que lê. No casal que discute. Na cama que é arrumada para o sono. Na sala onde uma grande TV está ligada no Jornal da Globo e por fim em uma varanda onde um homem toca violão. Ao termino do passeio de seu olhar pelos prédios vemos o jovem de perfil. Ele gira e entra no quarto pela porta que está atrás de suas costas. A câmera permanece fixa e podemos ver toda a parede que estava parcialmente coberta pelo jovem. Ela está cheia de grafites, frases, desenhos. É possível notar que várias pessoas contribuíram para a formação daquele mosaico.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><span style="font-family: Arial, sans-serif; "><o:p> </o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; ">CENA 02 – INT/NOITE VARANDA<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">A câmera continua fixa diante da parede e ouvimos em off uma troca de falas irônicas que terminam em uma raivosa discussão</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">Jovem 1 (irônico)</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">É NÉ, A CRIANÇA JÁ FOI DORMIR.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">Jovem 2 (brigando)</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><span style="font-family: Arial, sans-serif; "></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">Ô RAPAZ, FALE BAIXO AI QUE AMANHÃ EU TENHO AULA.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">Jovem 1 (Respira profundamente e diz com indignação e raiva)</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><span style="font-family: Arial, sans-serif; "></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">APAGAR A LUZ ÀS 23 É MESMO O FIM, NÃO POSSO TOCAR, NÃO POSSO ESCRERVER, NÃO POSSO LER E AINDA SÃO 23 HORAS.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; "></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">Jovem 2 (irritado)</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><span style="font-family: Arial, sans-serif; "></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">SAULO, É A REGRA PORRA! TODA NOITE É A MESMA COISA. VOCÊ RECLAMANDO QUE NÃO PODE ISSO E AQUILO. ESSA ZORRA AQUI É UMA REPÚBLICA E AS REGRAS DO QUARTO SÃO ESSAS. OU VOCÊ ACEITA OU VAI MORAR NA RUA.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; "><br /></span></b></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; ">CENA 03 – INT/NOITE VARANDA</span></b></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">O JOVEM 1 volta gritando palavrões para a varanda. Ele tem uma caneca de vidro nas mãos. Está visivelmente irritado. Bate a grossa caneca no parapeito, contendo a força da ira para não quebrá-la. Esperneia. Faz menção de que vai atirar a caneca mas ao invés do arremeço lança a caneca no chão próximo ao pé da parede dos grafites produzindo um grande som de estilhaço. Grita mais uma vez algum xingamento e sai.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; "><br /></span></b></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; ">CENA 04 – INT/NOITE VARANDA<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; ">O JOVEM 2 grita com o JOVEM 1 “QUE PORRA É ESSA<span> </span>AI VELHO!!” e vem até a varanda para entender o que ocorreu. Vê a caneca quebrada no chão e balança a cabeça com indignação. Ouve-se a porta do quarto abrir e fechar rapidamente. O JOVEM 1 entra e fica de frente para o JOVEM 2. Só podemos ver as costas do JOVEM 1 que chega irado e empurra o JOVEM 2 contra a parede de grafites. Pego de surpresa o JOVEM 2 se desequilibra e cai. Ouvimos o seu grito rasgado quando a lança que restava em pé sobre o fundo da caneca lhe perfura. O JOVEM 1 leva as mãos a cabeça diante do inesperado e começa a gritar em desespero “Meu Deus!, Caralho, caralho!” enquanto se abaixa para amparar o JOVEM 2 que já não grita. Podemos apenas ver suas pernas se contorcendo de agonia. Depois de alguns segundos o JOVEM 1 sai correndo e a câmera, ainda <span> </span>fixa, agora pode ver o JOVEM 2 no chão com as mãos tateando o fundo circular da caneca que pende entre duas costelas. O sangue escorre fazendo uma poça ao seu redor. Sua respiração está acelerada. Seus olhos querem saltar a orbita. Os dedos tateiam-lhe o tronco até se fixarem no na base de vidro da caneca. Ele a puxa de uma só vez. Sem força para sustentar o objeto deixa-o cair no chão e desmaia. O sangue escorre como uma cascata da fenda que existe entre suas costelas.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><span style="font-family: Arial, sans-serif; ">Fade out.<span> </span></span></p><p></p><p class="MsoNormal" align="center" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:center;line-height:normal"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><o:p><br /></o:p></span></p><p class="MsoNormal" align="center" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:center;line-height:normal"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><o:p> </o:p></span><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyidvo0neoPy9MVyDeDrW3Ydirj83x1mNZwwHr4TdB7ve2rcAibyxQwv--l7bhf3zs1H-adNowvqBsB0b9llQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p><p class="MsoNormal" align="center" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:center;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size: 19px;"><b><br /></b></span></span></p>Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-51857180114493767672010-11-26T05:37:00.002-08:002010-11-26T05:52:10.595-08:00Carta de uma amiga...<p class="MsoNormal" style="text-align: right;text-indent: 35.4pt; ">Fuçando uns escritos antigos achei este trecho que era do projeto de um livro que nunca terminei (mais um).</p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;text-indent: 35.4pt; "><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: left;text-indent: 35.4pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Salvador, xx de abril de XXXX</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: left;text-indent: 35.4pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Ana,</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Mais uma vez passei por ele, uma beldade. Não era a primeira vez que eu o desejava, quantas vezes já fui com ele aos céus... Pena que só com o plástico lubrificado do vibrador. Porque estes homens, ou melhor esses meninos, são tão idiotas. Será que não me vêem, será que não notam que eu preciso de sexo e um pouquinho de atenção? Sou uma garota de 18 anos, estou na flor da idade, não creio em deus nem no diabo, toco música alternativa, amo maconha e literatura. Será mesmo que não existe homem à minha altura, um ser da espécie humana do gênero masculino capaz de notar que eu sou interessante, ou no mínimo que eu moro só e transpiro luxúria? Homens façam me um favor: me comam. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Sim, voltando à beldade, dessa vez eu cansei de esperar. Essa história de que se a mulher chamar o cara pra sair ela é “comida fácil” é sim um discurso machista filho da puta. Hoje eu não estava nem aí pra nada. Eu quero sexo. No fundo queria um amante de verdade, mas como isso é quase impossível no meio desse monte de retardados de pau entre as pernas, eu fico com o sexo, que é pra isso que servem esses esquerdóides tirados a algo que preste. Bem, passei por ele e resolvi voltar. Se ele vai pensar que eu sou comidinha fácil, que pense mesmo, assim é mais rápido levar ele pra casa e servir ao molho branco. E se depois ele contar pra todos... Bem isso eu acho que não vai fazer, esse é um de meus critérios, sigilo. Ele é capaz disso. Não confio com toda certeza, mas pelo que já falamos é o que parece. Ora, este é um risco aceitável.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Foi isso. Passei, voltei e convidei-o para fumar um baseado na varanda. Ele ficou sem graça, num riso bobo e nervoso. Olhei pra ele como uma mãe olha para um filho e disse “relaxe menino, a gente senta ali enrola um, fica de boa e vai pra aula... ta bom pra você?” Ele ficou ainda sem jeito mais topou. Eu por dentro nem acreditei. Primeiro no que eu tava fazendo: chamando um cara pra fumar, dando o primeiro passo numa relação, encarnando a fêmea emancipada e dona de si, segura de suas vontades... Eu tenho dezoito anos, apesar das maduras abstrações que guardo na cabeça. Quando pensei nisso, o nervosismo voltou. E diante daquele sorriso bobo eu me senti insegura: “primeiro eu vou aqui à cantina, você vai esperar aqui?” Ele concordou e eu sai em disparada.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Acredite, aquela mulher que há um minuto tinha dado o bote preciso era agora uma menina que não sabia o que fazer. Fiquei pensando comigo, será que isso, será que aquilo. Minha síndrome de dependência atacou e tive que procurar um amigo para aliviar meu estado de tensão. Disse que ele tinha de ir lá comigo, que eu não ia voltar lá sozinha, porque eu tinha receio de entrar em pânico e falar um monte de besteira, inclusive que ele era a pessoa mais linda da face da terra e que eu queria casar com ele. Nem precisa dizer que meu amigo se acabou de rir e disse que eu fosse sozinha. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Fomos os dois. Chegando lá a beldade estava com uma menina e nem veio fumar com a gente. Resumo da missa, eu me sabotei novamente. Não sei mais o que fazer comigo: quero sexo e quero amor, será que não entra na minha cabeça que não dá pra ter as duas coisas juntas nesse mundo fudido? Na ultima carta que você me mandou você dizia não querer mais saber de homens, que iria tentar com mulheres... Eu ainda não tentei, mas acho que não é pra mim. Ana, eu gosto é de pica, gosto de cavanhaque roçando nos meus seios, gosto de flores, gosto de ser passiva... Acontece que eu não suporto mais esse monte de idéias na minha cabeça, uma hora o go-go boy outra o príncipe encantado... E no fim não tenho nenhum nem outro na realidade. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Um beijo e a gente se fala mais depois, agora tenho que cuidar de algumas coisas da faculdade, afinal ainda sou uma estudante aplicada. Não esqueça de me escrever, estou ansiosa pra saber como foi a boite GLS?</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Um beijo...</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Clara</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><br /></p>Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-60200953454081425782010-09-12T12:09:00.000-07:002010-09-12T12:10:27.869-07:00Tem coisa que a gente quer, mas como é que esquece?<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: small; "><div class="gmail_quote">---------- Mensagem encaminhada ----------</div><div class="gmail_quote">De: <b class="gmail_sendername">Hamilton Lima</b> <span dir="ltr"><hamilima@gmail.com></span><br />Data: 12 de setembro de 2010 00:35<br />Assunto: Continue a nadar, Continue a nadar, Continue a nadar...<br />Para: Ítalo Mazoni <italomazoni@gmail.com><br /><br /><br /><div bg><div><span ><strong>Não tenho Twitter mas quando entro em blogs de alguns amigos sempre dou uma olhado no Twitter deles... rsrs... foi desse jeito que cheguei no seu e li:</strong></span></div><div><span ></span> </div><div><span><span ><span><span>"Continue a nadar, Continue a nadar, Continue a nadar, Continue a nadar,Continue a nadar, Continue a nadar, Continue a nadar..."</span> </span><span><a href="http://twitter.com/italomazoni/status/24247953163" rel="bookmark" target="_blank"><span>28 minutes ago</span></a> <span>via web</span></span></span><ul></ul></span><li><span><span><span><span >Não pense, pense, não pense, pense, não pense, pense, não pense, pense... 'Continue a nadar, continue a nadar, continue a nadar</span></span></span></span></li></div><div><span><span><span></span></span></span> </div><div><span><span><span><span ><strong>e me lembrei de um fragmento do Caio Fernando Abreu que me lembrou seu escrito:</strong></span></span></span></span></div><div><span><span><span><strong><span ></span></strong></span></span></span> </div><div><span><span><span><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; line-height: 24pt; "><span style="color: rgb(51, 51, 51); font-family: Georgia; ">"Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou (...). Eu abandono histórias, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia (...). Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar".<br /><br />Caio Fernando Abreu</span></p></span></span></span></div></div></div></span>Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-37848257087240279302010-07-15T19:53:00.001-07:002010-07-15T20:09:42.835-07:00Ensaio - Experiência, Linguagem e Informação<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCbc6cOSgm3W8KcOlVAalQXVL9spMMq3_lDfLYFVrt4U4CsaBf4tDryu9HKO2P_cUeFe43KLc6_cZ4TKpo2kiBL68xSYEatBAkNcERnNwa92jS7kEi5iIJlQMI-7gfnRIDw1Ivwvt2n3CH/s1600/Logo+UFBA.jpg"><img style="text-align: right;display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; cursor: pointer; width: 145px; height: 200px; " src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCbc6cOSgm3W8KcOlVAalQXVL9spMMq3_lDfLYFVrt4U4CsaBf4tDryu9HKO2P_cUeFe43KLc6_cZ4TKpo2kiBL68xSYEatBAkNcERnNwa92jS7kEi5iIJlQMI-7gfnRIDw1Ivwvt2n3CH/s200/Logo+UFBA.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5494334070423397586" /></a><b><br /></b><div style="text-align: center;"><b>Universidade Federal da Bahia</b></div> <p class="Ttulo81" style="text-align: center;"><span style="font-family:";"><b>instituto de psicologia<o:p></o:p></b></span></p> <p class="Ttulo5A" style="text-align: center;"><span style="font-size:12.0pt;mso-bidi-Arial Bold","serif"; text-transform:uppercasefont-family:";font-size:10.0pt;"><b>Seminários Interdisciplinares II<o:p></o:p></b></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BRfont-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="Ttulo5A"><span style="font-size:12.0pt;mso-bidi-Arial Bold","serif"; text-transform:uppercasefont-family:";font-size:10.0pt;"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="Ttulo5A"><span style="font-size:12.0pt;mso-bidi-Arial Bold","serif"; text-transform:uppercasefont-family:";font-size:10.0pt;"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="Ttulo5A"><span style="font-size:12.0pt;mso-bidi-Arial Bold","serif"; text-transform:uppercasefont-family:";font-size:10.0pt;"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="Ttulo5A"><span style="font-size:12.0pt;mso-bidi-Arial Bold","serif"; text-transform:uppercasefont-family:";font-size:10.0pt;"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="Ttulo5A" style="text-align: center;"><span style="font-family:";"><b>ítalo mazoni dos santos gonçalves <o:p></o:p></b></span></p><p class="Ttulo5A" style="text-align: center;"><span style="font-family:";"><b><br /></b></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-size:16.0pt;mso-bidi-line-height:150%; Arial","sans-serif";text-transform:uppercase;mso-ansi-language: PTfont-family:";font-size:12.0pt;"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-size:16.0pt;mso-bidi-line-height:150%; Arial","sans-serif";text-transform:uppercase;mso-ansi-language: PTfont-family:";font-size:12.0pt;"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%"><span style="font-size:14.0pt;mso-bidi-line-height:150%;Arial","sans-serif";mso-ansi-language:PT-BRfont-family:";font-size:12.0pt;"><b>Experiência, Linguagem e Informação<o:p></o:p></b></span></p> <p class="Textodenotaderodap1" align="center" style="text-align:center;tab-stops: 35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span style="font-size:12.0pt;mso-bidi-Arial","sans-serif"font-family:";font-size:10.0pt;"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-size:14.0pt;mso-bidi-font-family:"Arial","sans-serif"; mso-bidi-Times New Roman";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:12.0pt;"><b>Salvador<o:p></o:p></b></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-size:14.0pt;mso-bidi-font-family:"Arial","sans-serif"; mso-bidi-Times New Roman";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:12.0pt;"><b>Julho de 2010</b></span><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><b> </b></span></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span style="font-size:14.0pt;mso-bidi-Arial","sans-serif";text-transform:uppercase;mso-ansi-language:PT-BR; mso-fareast-language:PT-BRfont-family:";font-size:10.0pt;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"></span><span style="font-size:14.0pt;mso-bidi-Arial","sans-serif";text-transform:uppercase;mso-ansi-language:PT-BR; mso-fareast-language:PT-BRfont-family:";font-size:10.0pt;">ítalo mazoni dos santos gonçalves <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span style="Arial","sans-serif";mso-ansi-language:PT-BRfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="Arial","sans-serif";mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="Arial","sans-serif";text-transform:uppercase; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="Arial","sans-serif";text-transform:uppercase; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="Arial","sans-serif";text-transform:uppercase; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="Arial","sans-serif";text-transform:uppercase; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="Arial","sans-serif";text-transform:uppercase; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="Arial","sans-serif";text-transform:uppercase; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%"><span style="font-size:14.0pt;mso-bidi-line-height:150%;Arial","sans-serif";mso-ansi-language:PT-BRfont-family:";font-size:12.0pt;">Experiência, Linguagem e Informação<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span lang="PT" style="Arial","sans-serif"; text-transform:uppercase;mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:153.0pt;text-align:justify;tab-stops: 35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:153.0pt;text-align:justify;tab-stops: 35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:153.0pt;text-align:justify;tab-stops: 35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:117.0pt;text-align:justify;tab-stops: 35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:117.0pt;text-align:justify;tab-stops: 35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:117.0pt;text-align:justify;tab-stops: 35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:6.0cm;text-align:justify;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";">Ensaio apresentado à disciplina XX, Instituto de Psicologia, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para a conclusão da disciplina.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:117.0pt;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:6.0cm;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";">Orientador(a): Prof(a). Dr(a). Denise Coutinho<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="Arial Bold","serif";mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="Arial Bold","serif";mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%; tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-size:14.0pt;mso-bidi-font-family:"Arial","sans-serif"; mso-bidi-Times New Roman";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:12.0pt;">Salvador<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span lang="PT" style="font-size:14.0pt;mso-bidi-font-family:"Arial","sans-serif"; mso-bidi-Times New Roman";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:12.0pt;">Julho de 2010</span><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"> </span></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span style="Arial Bold","serif";mso-ansi-language:PT-BRfont-family:";"><br /></span></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: left;"><span lang="PT" style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PTfont-family:";"></span><span style="Arial Bold","serif";mso-ansi-language:PT-BRfont-family:";">RESUMO<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BRfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BRfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BRfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BRfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BRfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Depois do banho com o sabonete <i style="mso-bidi-font-style:normal">Protex</i>, escovo os dentes com o creme dental <i style="mso-bidi-font-style:normal">Sorriso</i>. Na hora de me vestir calça <i style="mso-bidi-font-style:normal">Jeans</i> e uma camiseta com a estampa “1954 College Team”. E tudo isso passou diante de meus olhos bem antes do cheiro encorpado de café que sempre vem da cozinha. Mas e daí, o que estou querendo aqui ao apresentar estes fatos? Bem, este é um ensaio que se propõe discutir as possíveis relações entre experiência e linguagem... e o que isso tem a ver com informação? É o que veremos... </span><span style="font-family:"Arial","sans-serif"; mso-bidi-Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BRfont-family:";"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BRfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BRfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Palavras-chave: (Experiência, Linguagem e Informação)<o:p></o:p></span></p> <span style="font-family:"Arial Bold Italic","serif"; mso-fareast-font-family:"ヒラギノ角ゴ Pro W3";mso-bidi-Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language: AR-SAfont-family:";font-size:12.0pt;color:black;"> </span> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span style="Arial Bold","serif";mso-ansi-language:PT-BRfont-family:";"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><br /></span></b></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Experiência, Linguagem e Informação<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Vivemos a idade mídia onde quase tudo é um suporte veiculando oceanos de informações, que nos chegam sem parar e muitas vezes sem que tenhamos a oportunidade de escolher recebê-las, ou não. Em um dia comum o bombardeio começa cedo quando o celular começa a cantar a músiquinha da <i style="mso-bidi-font-style:normal">Nokia</i> e, sem querer, acabo lembrando aquele comercial da <i style="mso-bidi-font-style: normal">Coca-cola</i> que usou a mesma melodia para propagar sua marca. Sentado na cama, ainda sonolento calço minhas sandálias <i style="mso-bidi-font-style: normal">havaianas</i> “as originais” e vou ao banheiro. Depois do banho com o sabonete <i style="mso-bidi-font-style:normal">Protex</i>, escovo os dentes com o creme dental <i style="mso-bidi-font-style:normal">Sorriso</i>. Na hora de me vestir calça <i style="mso-bidi-font-style:normal">Jeans</i> e uma camiseta com a estampa “1954 College Team”. E tudo isso passou diante de meus olhos bem antes do cheiro encorpado de café que sempre vem da cozinha. Mas e daí, o que estou querendo aqui ao apresentar estes fatos? Bem, este é um ensaio que se propõe discutir as possíveis relações entre experiência e linguagem... e o que isso tem a ver com informação? É o que veremos... Mas antes vamos a algumas noções importantes.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span><b>Linguagem<o:p></o:p></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:36.0pt;line-height: 150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Evidentemente não sou eu quem vai responder o que é linguagem, mas também não vou adotar uma aqui a definição particular de um determinado autor, deliberadamente adotarei uma definição coletiva do que vem a ser linguagem. Assim consta registrado coletivamente na internet que<span style="mso-spacerun:yes"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:141.45pt;text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Linguagem é qualquer e todo sistema de signos que serve de meio de comunicação de idéias ou sentimentos através de signos convencionados, sonoros, gráficos, gestuais etc., (...) Os elementos constitutivos da linguagem são, pois, gestos, sinais, sons, símbolos ou palavras, usados para representar conceitos de comunicação, idéias, significados e pensamentos. Embora os animais também se comuniquem, a linguagem verbal pertence apenas ao Homem (Wikipédia, enciclopédia livre, acesso em 02 de Julho de 2010 disponível em </span><span lang="EN-US" style="color:windowtext;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language:PT-BR;color:windowtext;">http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem</span></a></span><span style="mso-ansi-language:PT-BR;color:windowtext;">).</span><span style="mso-ansi-language:PT-BR"> <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Temos então a <i style="mso-bidi-font-style:normal">linguagem</i> que é o nome genérico dado a todas as formas de comunicação estabelecidas. Temos a <i style="mso-bidi-font-style:normal">língua</i> que é uma forma de linguagem verbal que em conjunto com o aparelho fonador veicula conceitos, e que é objeto de estudo específico da lingüística. E temos a <i style="mso-bidi-font-style: normal">semiótica </i>que na definição de Umberto Eco (2002) é a ciência geral de todas as linguagens, pois pretende estudar todos os fenômenos culturais como sistemas de significação. E é neste ponto que eu vou me deter agora. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span><b>Semiótica <o:p></o:p></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span>A semiótica enquanto ciência tem por pretensão estudar não somente a comunicação através da linguagem, mas principalmente o processo de significação decorrente da solicitação de uma resposta interpretativa do destinatário de uma mensagem. Traduzindo, a semiótica pretende compreender de que maneira uma mensagem veiculada por uma forma pré-estabelecida é interpretada pela pessoa que a recebe.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;tab-stops:list 36.0pt"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Charles Sanders Pierce (1839-1914) foi um cientista que dentre tantas outras coisas, buscou observar os fenômenos perceptivos e, através da análise, postular as formas e propriedades universais desses fenômenos. Produzindo assim categorias universais a toda e qualquer experiência ou pensamento, ou seja, ele tentou estabelecer o que é comum a todo processo de interpretação de signos. Em seus trabalhos Pierce verificou que para conhecer e compreender qualquer coisa a consciência produz um signo, ou seja, um pensamento como mediação irrecusável entre nós e o fenômeno. Assim para ele perceber é interpor uma camada interpretativa entre consciência e objeto percebido. Assim o signo por um lado representa o que está fora dele, seu objeto, e por outro dirige-se para alguém em cuja mente se processará sua remessa para outro signo, onde seu sentido se traduz em outro signo, e assim <i>ad infinitum</i> <a name="OLE_LINK14"></a><a name="OLE_LINK13"><span style="mso-bookmark:OLE_LINK14">(Santaella, 1987)</span></a>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;tab-stops:list 36.0pt"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Para seguirmos preciso falar ainda de mais uma coisa, o signo que é uma coisa que representa outra coisa: seu objeto. Segundo (Santaella, 2000) e</span><span lang="EN-US">xistem três tipos de signo:</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:72.0pt;text-align:justify;text-indent: -18.0pt;line-height:150%;mso-list:l0 level2 lfo1;tab-stops:list 36.0pt 72.0pt"><span style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-fareast- mso-ansi-language:PT-BRfont-family:Arial;"><span style="mso-list:Ignore">–<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span></span><b><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Ícone: </span></b><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Mantém uma relação de proximidade sensorial ou emotiva entre o signo, representação do objeto, e o objeto em si. Possui uma forma que de fato não representa uma imagem, no máximo sugere.<span style="mso-spacerun:yes"> </span>Diante de um ícone dizemos “parece uma escada..., parece um avião...”<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:72.0pt;text-align:justify;text-indent: -18.0pt;line-height:150%;mso-list:l0 level2 lfo1;tab-stops:list 36.0pt 72.0pt"><span style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-fareast- mso-ansi-language:PT-BRfont-family:Arial;"><span style="mso-list:Ignore">–<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span></span><b><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Índice: </span></b><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Parte representada de um todo anteriormente adquirido pela experiência subjetiva ou pela herança cultural - exemplo: onde há fumaça, logo há fogo. Isso quer dizer que através de um indício (causa) tiramos conclusões.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:72.0pt;text-align:justify;text-indent: -18.0pt;line-height:150%;mso-list:l0 level2 lfo1;tab-stops:list 36.0pt 72.0pt"><span style="font-family:"Arial","sans-serif";mso-fareast- mso-ansi-language:PT-BRfont-family:Arial;"><span style="mso-list:Ignore">–<span style="font:7.0pt "Times New Roman""> </span></span></span><b><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Símbolo: </span></b><span style="mso-ansi-language:PT-BR">É um signo que se refere ao objeto que denota em virtude de uma lei. Normalmente uma associação de idéias gerais que opera no sentido de fazer com que o símbolo seja interpretado como se referindo àquele determinado objeto<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;tab-stops:list 36.0pt"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Seguindo, temos então que a linguagem abrange todas as formas de comunicação e que a semiótica pretende estudar de que maneira esta comunicação estabelece sentidos e significados em seus participantes. Mas e a informação? Bem sejamos objetivos quanto a ela. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:141.45pt;text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Informação é o resultado do processamento, manipulação e organização de dados, de tal forma que represente uma modificação (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento do sistema (pessoa, animal ou máquina) que a recebe. (Wikipédia, enciclopédia livre, acesso em 02 de Julho de 2010 disponível em </span><span lang="EN-US" style="color:windowtext;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Informa%C3%A7%C3%A3o"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language:PT-BR;color:windowtext;">http://pt.wikipedia.org/wiki/Informação</span></a></span><span style="mso-ansi-language:PT-BR;color:windowtext;">). <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left:141.45pt;text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT-BR;color:windowtext;"><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Precisa dizer mais? Acho que não. Vamos tocando para falarmos um pouco agora sobre a experiência. Um dia desses por uma coincidência feliz veio parar em minhas mãos um texto intitulado “Notas sobre a experiência e o saber da experiência” de um autor chamado Jorge Larrosa Bondía. O texto tempo por objetivo questionar algumas oposições existentes no campo da educação. Segundo ele a educação costuma ser pensada a partir de dois pontos de vista fundamentais: como relação entre ciência e técnica ou como relação entre teoria e prática. Depois de constatar isto o autor propõe pensar a educação a partir de outro ângulo, o da relação entre experiência e sentido. A partir daí ele desenvolve estes conceitos. É de nosso interesse aqui apenas o tratamento que ele dispensa ao conceito de experiência.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Segundo Larrosa a experiência é aquilo que nos passa, que nos acontece e toca. O autor aponta concordando com as palavras de Beijamin (1991) que nos tempos atuais <i style="mso-bidi-font-style:normal">“é como se estivéssemos privados de uma faculdade que nos parecia segura e inalienável: a faculdade de intercambiar experiências”.</i> Seriam motivos para isso primeiro o excesso de informação, que não deve ser confundido com experiência. Para Larrosa <i style="mso-bidi-font-style:normal">“uma sociedade constituída sob o signo da informação é uma sociedade na qual a experiência é impossível” </i>(p. 22). Em segundo lugar a experiência é cada vez mais rara por um excesso de opinião a respeito das informações. Terceiro pela falta de tempo que substitui a experiência pelo estímulo instantâneo que imediatamente é substituído por um novo estímulo ou excitação igualmente efêmera. Indicando estas questões Larrosa nos diz que<span style="mso-spacerun:yes"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:141.45pt;text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">A experiência, a possibilidade de que algo nos aconteça ou nos toque, requer um gesto de interrupção, um gesto que é quase impossível nos tempos que correm: requer parar para pensar, parar para olhar, parar para escutar, pensar mais devagar, olhar mais devagar, e escutar mais devagar; parar para sentir, sentir mais devagar, demorar-se nos detalhes, suspender a opinião, suspender o juízo, suspender a vontade, suspender o automatismo da ação, cultivar a atenção e a delicadeza, abrir os olhos e os ouvidos, falar sobre o que nos acontece, aprender a lentidão, escutar aos outros, cultivar a arte do encontro, calar muito, ter paciência e dar-se tempo e espaço. (LARROSA, 2002, p. 24)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:141.45pt;text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:141.45pt;text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Acho que podemos agora ligar os pontos e retomar a proposta inicial: relacionar experiência, linguagem e informação. Ora, quando acordei naquela manhã tudo o que me chegou aos olhos foi informação. Símbolos que me remeteram a mais símbolos. Nada me modificou, nada me aconteceu. Mais tarde na faculdade ao assistir a uma aula, ler um livro tudo o que fiz foi me informar, criar uma opinião, ocupar o tempo que já não tenho com novas demandas. A questão é: em uma sociedade de tanta informação, onde os signos estão em todos os lugares, nos remetendo ad infinitum para a Coca-cola ou o novo hit do momento é possível viver experiências?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Para respondermos vamos falar um pouco da linguagem cinematográfica, mais especificamente sobre o gênero documentário. Quantas vezes já ouvi pessoas dizendo “ai, assistir documentário não, que coisa chata”. Muitos reclamam do fato de muitos destes filmes não passarem de um enfadonho conjunto de informações capturas em imagens. Elas não estão equivocadas com isso, mas como já dissemos estar informado não é ter uma experiência, e muito menos uma experiência de ordem estética que é a que, pelo menos eu, espero ao apreciar um bom filme. Então como um documentário, que já tem esse nome burocrático, poderia ser uma experiência? Como a linguagem das câmeras e refletores poderia colaborar para que uma informação não fosse apenas uma bola de bilhar tecando outras bolas de informação em nossas cabeças? Segundo o documentarista João Moreira Salles (2008), em entrevista à TV Câmara, prezar pela “notícia” em um documentário é acabar com sua potencialidade já que as informações colocam o expectador fora da experiência estética e dento de um raciocínio cartesiano, que de alguma forma impede a imersão dos sentidos na experiência do filme. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Outro exemplo que o diretor dá para exemplificar seu ponto de vista nos faz compreender melhor esta relação entre a maneira de utilizar a linguagem e a experiência advinda da informação veiculada por ela. Diz ele <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:141.45pt;text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Eu não sei quando começa o outono, mas digamos que seja no dia 21 de março. ‘No dia 21 de março começou o outono’, essa é uma notícia. A outra coisa é você descrever a árvore que fica vermelha diante da sua janela, ai você não está dando uma notícia sobre o outono, mas de certa maneira transmitindo uma experiência sobre o outono. (Salles, 2008)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Em seguida ele nos lembra do mesmo texto que Larrosa citou “O narrador” de Benjamin. Neste texto o autor problematiza o fim da narrativa devido à super valorização da informação. Para Benjamin o declínio da tradição oral equivale à morte do narrador, alguém que conduz a história através não só de sua experiência individual, mas também de um todo coletivo, onde a experiência é transmitida e não só informada. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:141.45pt;text-align:justify"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">O homem de hoje não cultiva o que não pode ser abreviado." Com efeito, o homem conseguiu abreviar até a narrativa. Assistimos em nossos dias ao nascimento da short story, que se emancipou da tradição oral e não mais permite essa lenta superposição de camadas finas e translúcidas, que representa a melhor imagem do processo pelo qual a narrativa perfeita vem à luz do dia, como coroamento das várias camadas constituídas pelas narrações sucessivas.<span style="mso-spacerun:yes"> </span>(Benjamin, 1994)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span><b>Para fechar</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Chego ao fim deste ensaio com a nítida impressão de ter realizado exatamente o contrário do que defendi. Sinto que vendi a você, leitor, mais algumas informações. Pouco lhe dei de experiência, pouco contribui para que ao fim deste instante de leitura a passagem das letras sob suas retinas tenha modificado o que há por trás delas. Ora, o que fazer? Os limites impostos pela forma acabaram por deformar o conteúdo, no caso deste texto o moldar imposto pelas palavras foi a própria deformação da idéia. Sigamos em frente, o limite de uma linguagem é o da nossa capacidade de reinventá-la. Reinventemo-la... Eis minhas experiências para chegar e este texto... Divirta-se, ou melhor experimente...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><u>Segunda-feira 21 de junho de 2010 <o:p></o:p></u></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p><b> </b></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Todos estes nomes estão bem: Internet, celular, televisão, revista, jornal, outdoors... <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><o:p></o:p></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Língua, linguagem, lingüística... Termos tantas vezes empregados despreocupadamente no desvairar dos discursos mas que guardam uma complexidade de sentidos e significados seculares. Assim, não podemos seguir sem...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><u><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p><span style="text-decoration:none"> </span></o:p></span></u></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><u><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Terça-feira 22 de junho de 2010 <o:p></o:p></span></u></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span><i style="mso-bidi-font-style:normal"><o:p></o:p></i></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Meu nome é Ítalo Mazoni e tenho hoje 26 anos de vida. Sou do signo de Câncer. Gosto de literatura, música, psicologia, viagens, informática, pesquisa. Atualmente curso psicologia na Universidade Federal da Bahia. Sou um cara meu calado, gosto de <i style="mso-bidi-font-style:normal"><o:p></o:p></i></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><u><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Quarta-feira 23 de junho de 2010 <o:p></o:p></span></u></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Há alguns anos quando eu ainda cursava a faculdade de administração, um professor de Introdução à filosofia disse em sala que alguns textos nos escolhem e não o contrário. Achei interessante sua fala, apesar de considerá-la apenas uma boa metáfora. Fato é que o tempo passou, eu larguei administração e passei a apreciar os bons livros.<span style="mso-spacerun:yes"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">O texto de Benjamin é antigo. Ele não imaginava o que estava por vir na era da informação <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Blá, blá, blá x Ai, ui, humm: <span style="mso-spacerun:yes"> </span>Psicólogo é quem saca da experiência alheia, ou seja, está apto a colaborar na transfiguração da informação em experiência. Será?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><u><span lang="EN-US"><o:p><span style="text-decoration:none"> </span></o:p></span></u></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><u><span lang="EN-US">Domingo 27 de junho de 2010 <o:p></o:p></span></u></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:21.75pt;line-height: 150%"><span lang="EN-US"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:21.75pt;line-height: 150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Quando cheguei do espetáculo teatral que me consumiu uma noite quase intera, mas que me deu pano para umas tantas camisas, sentei-me diante do computador para tentar elaborar algumas linhas sobre uma idéia que venho trabalhando em vivência, ultimamente. Idéia séria e que tem destino certo: as páginas do trabalho final da disciplina seminários interdisciplinares em Psicologia II. Sim, ok, eu admito logo de cara, ainda não sou psicólogo, sei que ainda me falta o canudo para todo mundo acreditar. Contudo, enquanto o poder da república, investido naquele que dizem reger a ciência, não me outorga o título para fazer valer mais minhas palavras... Vou escrevendo meus argumentos. [Lembrar de fazer referência aqui ao Focault de a Ordem do Discurso]. Então... Cheguei com esse monte de viagem na cabeça, subi para o quarto, que já estava escuro e com os cinco leitos adormecidos com meus colegas residentes. Rapidamente: banho, arrumar a cama, derrubar alguma coisa, procurar algo que tiraram do lugar, encontrar, abrir a porta, bater com a cabeça na borda do beliche de cima, catar o PC, o mouse, a fonte de alimentação, um pacote de biscoitos de sal, e sair... Já na porta, antes de descer os três lances da escada lembrei-me deles. Voltei. Catei-os em meio aos papeis e cuecas entrincheiradas. Desci. As mesas vazias e a TV exorcizada em silencio me inspiraram mais ainda. Sentei e logo a eles retornei. “As formas do conteúdo” de Humberto Eco e “Fenomenologia e estruturalismo” de Andrea Bonomi. Os descrevi inicialmente do lugar de onde estavam... Mas logo os aproximei da posição por mim imaginada e colorida. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left:21.75pt;mso-add-space: auto;line-height:150%"><span style="line-height:150%; Times New Roman","serif"font-family:";font-size:12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoListParagraphCxSpLast" align="center" style="margin-left:0cm; mso-add-space:auto;text-align:center;line-height:150%"><span style="line-height:150%;Times New Roman","serif"font-family:";font-size:12.0pt;">* * *<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Tenho diante de mim um livro intitulado “As formas do Conteúdo”, trabalho de um autor que muito me agrada. Contudo, neste instante, o tomo iluminado sobre a mesa por luz focal é até mais que os mundos ainda não remoídos por mim ali dentro. Suas cores milimetricamente beijadas pelos feixes teatralmente marcados pelo azulado da fumaça do cigarro que morre sob o cinzeiro, ostenta um porta estandarte retilíneo. Três cores em complemento, três formas geométricas em equilíbrio. O branco que prevalece como fundo, aparente até mais da metade vertical do volume, recebe dois retângulos: um em filtro âmbar pintando uma estrela com tentáculos de polvo, sendo que pende em sua na base interna, em <i style="mso-bidi-font-style:normal">tipo</i> a palavra “Estética”; a outra equivalente<span style="mso-spacerun:yes"> </span>forma, diretamente oposta, tingida em negro ostenta em negativo a forma tipográfica que contém a centelha que me aproxima de um humano,<span style="mso-spacerun:yes"> </span>outrem como eu, “Humberto Eco”.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="line-height: normal; "><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi2qf7z1eN00Gv8_nOhrsGRbyOSMeKlIG9_L3CbC8vbQs-YkcCUnftivXdVRocLHTH66zgwDEKrQhh-RQUoaMuQ1jn_JQGYkkK7Zs_frO4sLV740bisZ4iA7Zjo5uAtt20Bse0vKJgmXNg/s1600/Livros+Seminarios+II.jpg"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi2qf7z1eN00Gv8_nOhrsGRbyOSMeKlIG9_L3CbC8vbQs-YkcCUnftivXdVRocLHTH66zgwDEKrQhh-RQUoaMuQ1jn_JQGYkkK7Zs_frO4sLV740bisZ4iA7Zjo5uAtt20Bse0vKJgmXNg/s400/Livros+Seminarios+II.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5494332885580971522" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px; " /></a></span></span></p><div><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><br /></span></div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language: PT-BR"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><u><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p><span style="text-decoration:none"> </span></o:p></span></u></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><u><span lang="EN-US">Domingo 28 de junho de 2010 <o:p></o:p></span></u></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span lang="EN-US"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">Informação racionalmente processada<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><span style="mso-tab-count:1"> </span>O presente trabalho, inicialmente, teve por objetivo investigar a linguagem. Contudo, e evidentemente, a Linguagem enquanto construto configura-se excessivamente abrangente para o tratamento <i style="mso-bidi-font-style:normal">stricto senso</i>. Assim, optamos por um recorte metodológico advindo do próprio contato com o fenômeno estudado, o que se justifica na media em que a linguagem é conforme Eco (??) toda forma de social de comunicação (ver definição de linguagem e colocar aqui). Trataremos então de um aspecto da linguagem<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CITADAS OU CONSULTADAS <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR">BENJAMIN, Walter. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">O Narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov</b>. In: Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 197-221.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR">ECO, Umberto. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">Tratado geral de semiotica</b>a. 4. ed.. Sao Paulo: Perspectiva, 2002. 282 p. (Estudos73) ISBN 8527301202 (broch.)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR">GUINSBURG, Jacó; COELHO NETTO, J. Teixeira; CARDOSO, Reni Chaves. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">Semiologia do teatro.</b> 2. ed. rev. e aum. São Paulo, SP: Perspectiva, 1988. 380 p.<span style="background:yellow; mso-highlight:yellow"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR">GREINER, Christine; BIÃO, Armindo Jorge; KANAU, Abel. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">Etnocenologia: textos selecionados.</b> São Paulo: Annablume, 1998. 193 p. ISBN 8574190543 (broch.)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR">LARROSA, Jorge. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">Notas sobre a experiência e o saber de experiência.</b> Revista Brasileira de Educação, jan/fev/mar/abr, n.19, 2002b.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR">SANTAELLA, Lúcia. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">A teoria geral dos signos: como as linguagens significam as coisas. </b>São Paulo, SP: Pioneira, 2000. 153 p. ISBN 8522102244 (broch.)<span style="background:yellow;mso-highlight:yellow"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR">SANTAELLA, Lucia. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">O que é semiótica.</b> 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. 114 p.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:18.0pt;mso-bidi-line-height:150%;mso-ansi-language: PT-BRfont-size:12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-ansi-language:PT-BR">SALLES, João Moreira. Informação x Experiencia. Disponível em: </span><span style="mso-ansi-language:PT-BR;color:windowtext;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=J6cjVR_tTxc"><span style="color:windowtext;">http://www.youtube.com/watch?v=J6cjVR_tTxc</span></a>. Acesso em: 04 de junho de 2010.</span><span style="font-size:18.0pt;mso-bidi-line-height:150%;mso-ansi-language:PT-BRfont-size:12.0pt;color:windowtext;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:21.75pt;line-height: 150%"><span style="font-size:18.0pt;mso-bidi-line-height:150%; mso-ansi-language:PT-BRfont-size:12.0pt;"><span style="mso-spacerun:yes"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="font-size:18.0pt;mso-bidi-line-height:150%; mso-ansi-language:PT-BRfont-size:12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="font-size:18.0pt;mso-bidi-line-height:150%; mso-ansi-language:PT-BRfont-size:12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;tab-stops:35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 318.6pt 354.0pt 389.4pt 424.8pt"><span style="font-size:10.0pt;mso-bidi-mso-fareast-Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:#0400;mso-bidi-language: X-NONEfont-family:";font-size:12.0pt;color:windowtext;"><o:p> </o:p></span></p>Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-3880395386415356532010-06-30T12:37:00.001-07:002010-06-30T12:41:56.162-07:00Ensaio Frustrado...<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:21.75pt"><span style="line-height:115%;Times New Roman","serif""><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms';">Quando cheguei do espetáculo teatral que me consumiu uma noite quase intera, mas que me deu pano para umas tantas camisas, sentei-me diante do computador para tentar elaborar algumas linhas sobre uma idéia que venho trabalhando em vivência, ultimamente. Idéia séria e que tem destino certo: as páginas do trabalho final da disciplina seminários interdisciplinares em Psicologia II. Sim, ok, eu admito logo de cara, ainda não sou psicólogo, sei que ainda me falta o canudo para todo mundo acreditar. Contudo, enquanto o poder da república, investido naquele que dizem reger a ciência, não me outorga o título para fazer valer mais minhas palavras... Vou escrevendo meus argumentos. [Lembrar de fazer referência aqui ao Focault de a Ordem do Discurso]. Então... cheguei, com esse monte de viagem na cabeça, subi para o quarto, que já estava escuro e com os cinco leitos adormecidos com meus colegas residentes. Rapidamente: banho, arrumar a cama, derrubar alguma coisa, procurar algo que tiraram do lugar, encontrar, abrir a porta, bater com a cabeça na borda do beliche de cima, catar o PC, o mouse, a fonte de alimentação, um pacote de biscoitos de sal, e sair... Já na porta, antes de descer os três lances da escada lembrei-me deles. Voltei. Catei-os em meio aos papeis e cuecas entrincheiradas. Desci. As mesas vazias e a TV exorcizada em silencio me inspiraram mais ainda. Sentei e logo a eles retornei. “As formas do conteúdo” de Humberto Eco e “Fenomenologia e estruturalismo” de Andrea Bonomi. Os descrevi inicialmente do lugar de onde estavam... mas logo aproximei-os da posição por mim imaginada e colorida.</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:21.75pt"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 18px; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms';">* * * </span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:21.75pt"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms';"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 18px; "></span></span></span><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 18px; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms';">Tenho diante de mim um livro intitulado “As formas do Conteúdo”, trabalho de um autor que muito me agrada. E neste caso, neste instante o tomo iluminado diretamente por luz focal é até mais que os mundos ainda não remoídos por mim ali dentro. Suas cores milimetricamente beijadas pelos feixes teatralmente marcados pelo azulado da fumaça do cigarro que morre sob o cinzeiro, ostenta um porta estandarte retilíneo. Três cores em complemento, três formas geométricas em equilíbrio. O branco que prevalece como fundo, aparente até mais da metade vertical do volume, recebe dois retângulos: um em filtro âmbar pintando uma estrela com tentáculos de polvo, sendo que pende em sua na base interna, em </span></span><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms';">tipo</span></span></i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms';"> a palavra “Estética”; a outra equivalente</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms';"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms';">forma, diretamente oposta, tingida em negro ostenta em negativo a forma tipográfica que contém a centelha que me aproxima de um humano,</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms';"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms';">outrem como eu, “Humberto Eco”. </span></span></span></p>Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-76303125073282852482010-06-08T19:54:00.000-07:002010-06-08T20:24:00.345-07:00O que significa isso?<div>O que significa isso?</div><div><br /></div><div>Nossa Senhora Virgem Maria </div><div>Nada Mais, Nem Você</div><div><br /></div><div><div>Meu Saber Não Viverá</div><div>Minha Vontade Não é Secreta</div><div><br /></div></div><div><br /></div><div>Sentir, Negacear, Mudar e Viver</div><div>Seu Mundo Viverá, Neguinha </div><div><br /></div><div>Você Nunca se Sentiu Melhor</div><div>Vesti Meu Segredo, Ma cherrie</div><div> </div><p class="MsoNormal"><s></s></p><div><br /></div><div><br /></div>Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-23531487854730758462010-04-04T09:22:00.000-07:002010-04-04T09:58:06.839-07:00Pós-moderno Eu<div><br /></div><div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcYnV7dBFsXnd0LRRGbTPL0UthMT5Rd6a0H2l4CA38locw_vvhdur5Kwa9aLzS3RJ4Q8je67Dao9A6ID41_c1wEMeVVCQdZQcEhewsQgnO7o9DaVKoJ7WOlZLksK0pPnYaP04Pmu58kw82/s400/Magrite5.jpg" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 296px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5456326104237428770" /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: center;"><br /></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><b>P</b><b>ós-moderno Eu (Ítalo Mazoni / Cristiano Balla</b><b>)</b></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><div><br /></div><div>Am9 Am9/G# Am9/G Dm</div><div><b>Vem sem dó o desejo, a palavra e o medo</b></div><div><br /></div><div> G7 C7M/9 (Bm7/5- G#°)</div><div><b>Não há segredos no espelho.</b></div><div><br /></div><div>Am9 Am9/G# Am9/G Dm</div><div><b>Pós-moderno horizonte fluido, um lugar intangível,</b></div><div><br /></div><div>G7 C7M/9 Bm7/5-</div><div><b>Pro meu ser impossível.</b></div><div><br /></div><div> Bb7M B°</div><div><b>Entre ter e ser</b></div><div><br /></div><div> Am7 Dm</div><div><b>Não tenho nem sou,</b></div><div><br /></div><div> E7/9- E7</div><div><b>Não fico nem vou.</b></div><div><br /></div><div> Am A7</div><div><b>Sou quem?</b></div><div><br /></div><div>F7M/13- E Am G</div><div><b>Um lugar qualquer, sim ou não.</b></div><div><br /></div><div>F7M/13- E Am G</div><div><b>Adeus sem chegada, travessia...</b></div><div><br /></div><div>C </div><div><b>Onde vou não dá pra ver.</b></div><div><br /></div><div>Bb9 Am</div><div><b>Sigo só, cadê você?</b></div><div><br /></div><div>G# G</div><div><b>Sensação tão finita.</b></div><div><br /></div><div><b>O desejo, a palavra, meu cansaço...</b></div><div><b><br /></b></div><div><b>É o que sou.</b></div></span></div></div>Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-7139354998385671452010-03-21T13:39:00.000-07:002010-03-21T14:18:00.339-07:00Coisas de 2005Um amigo que é compositor me pediu encarecidamente uma letra para musicar... disse-lhe que infelizmente não a minha produção poética nos últimos tempos não vai nada bem... Ai ele disse "vc tem que ter um arquivo morto por ai". E não é que coisas boas encontrei... Descobri que o ano de 2005 foi muito, muito produtivo em poemas e versos... Então agora vou postar uma série de poemas dessa época... É isso...<div><br /></div><div><p class="MsoNormal"></p><blockquote><p class="MsoNormal"><b>Belos versos</b></p> <p class="MsoNormal"><o:p>Se na algibeira trago versos... Do estômago gritam ecos.</o:p></p> <p class="MsoNormal">Fossem os meus desbotados como os que – de boca em boca – por aí pulam, </p> <p class="MsoNormal">Seria o rei quem traria na barriga; na cabeça idéias desvarridas</p> <p class="MsoNormal">E nos outros um alvo em minha mira.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Prefiro verbos brancos em meu bolso. </p> <p class="MsoNormal">Se à boca não me trazem bons gostos</p> <p class="MsoNormal">A minh’alma não dão desgosto. </p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Que fiquem eles com as calças abarrotadas de prata,</p> <p class="MsoNormal">Não quero ter com Deus à sombra da desgraça. </p> <p class="MsoNormal">Logo eu que pintei o universo com canções de ninar!</p> <p class="MsoNormal">Não, não farei da letra lama para o puro deturpar.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Dos poucos a renegar a taça farta do “medíocre-popular”</p> <p class="MsoNormal">Restam alguns como eu, cheios de ecos e bons versos para dar. </p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ítalo Mazoni </p> <p class="MsoNormal">10/07/2005</p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"></p><p class="MsoNormal"><b>Meu Yin quer seu Yang (e vice-versa)</b></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Já não movo montanhas com tanta força</p> <p class="MsoNormal">As pedras machucam e nunca acabam </p> <p class="MsoNormal">Hoje me restam paciência e tom de moça </p> <p class="MsoNormal">Delicadeza sutil própria dos que amam </p><p class="MsoNormal"><br /></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Que dirão os rudes de minha leveza?</p> <p class="MsoNormal">Não sabem eles que é mulher a natureza!</p> <p class="MsoNormal">Onde andam os homens desse mundo? </p> <p class="MsoNormal">Tragam já aos céus o feminino oculto.</p><p class="MsoNormal"><br /></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Mas calma senhora, não é toda sua a noite.</p> <p class="MsoNormal">Se diante de ti vêm abaixo montanhas,</p> <p class="MsoNormal">Às damas que não encanta atiça o acoite.</p> <p class="MsoNormal">Se no jardim há tantas rosas ciumentas</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Que dirão as belas de minha camaradagem?</p> <p class="MsoNormal">Não são irmãs: amásias, esposas e donzelas?</p> <p class="MsoNormal">Porque decapitar reis e morrer por fúteis mazelas </p> <p class="MsoNormal">Ora, sejam espertas, bebam deles a irmandade.</p><p class="MsoNormal"><br /></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ítalo Mazoni</p> <p class="MsoNormal">20/06/05</p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">E uma down pra terminar por hj...</p><p class="MsoNormal"></p><blockquote><p class="MsoNormal"></p></blockquote><p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"></p><p class="MsoNormal"><b>O medo que tem a imagem no espelho </b></p><p class="MsoNormal"><b><br /></b></p> <p class="MsoNormal">Vai infeliz, mente outra vez para o espelho!</p> <p class="MsoNormal">Quem és tu se não a mesma alma sobre uma armadura (ou trapo) diferente?</p> <p class="MsoNormal">Já não suporto mais este teu choro contido</p> <p class="MsoNormal">Se for pra chorar, que chore até a última gota de sangue de uma vez!</p> <p class="MsoNormal">Não vê que está comendo tempero como comida</p> <p class="MsoNormal">Finge dia e noite que o sal não lhe faz mal...</p> <p class="MsoNormal">Acredite, o que dá gosto a vida não pode ser prato principal</p> <p class="MsoNormal">Esse néctar é complemento, é a pimenta...</p> <p class="MsoNormal">Mas continue assim, vai, continue...</p> <p class="MsoNormal">E em breve apanharei seu corpo sem alma</p> <p class="MsoNormal">Torto, como garrafa sem ar ou conteúdo que lhe dê forma</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Olho para você todos os dias e não vejo reação</p> <p class="MsoNormal">Seus queridos estão partindo...</p> <p class="MsoNormal">Onde estão seus amigos, deles você só tem a saudade</p> <p class="MsoNormal">E quem tem isso é você, terão eles ao menos isso por ti?</p> <p class="MsoNormal">Tudo bem... Não queres nada com o a Terra? Vai para o inferno então</p> <p class="MsoNormal">E vá logo, usa esta faca podre de cozinha para terminar com isso!</p> <p class="MsoNormal">É o que você merece por esquecer quem você é</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Eu sou sua imagem no espelho, não posso viver por ti</p> <p class="MsoNormal">Quando encontrar o diabo manda lembranças minhas a ele</p> <p class="MsoNormal">Para mim não faz diferença, não tenho alma, não queimo no inferno ou gozo do céu</p> <p class="MsoNormal">Sou tua imagem, apenas envelheço com você, se assim for, e deixo de existir</p> <p class="MsoNormal">Mas a alma, meu caro, essa é sua... Quem sabe é você...</p> <p class="MsoNormal">Não quer acordar então afogue-se em seu cuspe de nojo </p> <p class="MsoNormal">Continue por este caminho e terá o que desejas agora</p> <p class="MsoNormal">Um fim em si mesmo! </p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ítalo Mazoni</p> <p class="MsoNormal">03/06/2005</p><p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p></p></blockquote><p></p><p class="MsoNormal"></p></div>Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-4757996840990441782010-03-19T06:29:00.000-07:002010-03-19T07:23:12.175-07:00Cotidiano...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOMTczsBXBMGDgkls0kvIgyvD2sTT_7mBRZwfF9lwqgUv750LSHndOh7Y4P8je3cJIJUHzmeERkDheLX0HeRRoXHcSbyGOM0ZG-GgHArDr_Ip3MQEb4Hrrh8FciCqUzPptia2_0gWkCwMU/s1600-h/Observ_estud.gif"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 182px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOMTczsBXBMGDgkls0kvIgyvD2sTT_7mBRZwfF9lwqgUv750LSHndOh7Y4P8je3cJIJUHzmeERkDheLX0HeRRoXHcSbyGOM0ZG-GgHArDr_Ip3MQEb4Hrrh8FciCqUzPptia2_0gWkCwMU/s400/Observ_estud.gif" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5450349226991719282" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;margin-bottom: 0.0001pt; line-height: normal; "><span style=" ;color:black;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">Não tenho espaço para mim. Estou afogado de tarefas e atividades. É um problema ter todos os documentos, apostilas e papeis utilizados durante a semana espalhados no chão em frente ao meu armário. Hoje é sexta-feira e não fui para aula. Como uma amiga minha costuma fazer fiquei na cama tentando me esconder do mundo. Pena que no meu caso uma grande parte do mundo já mora no meu quarto. Ontem entrei mais uma vez no modo "eu sou otário" e literalmente me deixei ser enganado. "5060?" "Não, 5090" e eu paguei. Depois para compensar a perda sai gastando mais ainda apenas para preencher o vazio... Realmente não foi um bom dia. Tem tanta coisa para eu fazer que eu não estou mais nem com vontade de começar... E cada vez que abro o e-mail tem uma nova tarefa... Minha meta este semestre era reduzir a quantidade de atividades para poder me dedicar à escrita do artigo final referente há quase dois anos de pesquisa... Quem disse! Estamos na terceira semana de aulas e das disciplinas eu só sei os dias, nada mais. Apenas trabalho, trabalho e mais trabalho. De fato isso não pode continuar assim. Ter um pouco mais de grana está me saindo muito caro. A relação preço e valor de uso começa a se inverte. O telefone toca "Ítalo e ai, você quer continuar no semestre que vem?". Eu gaguejo e digo que sim. Mais trabalho, mais tarefas, mais obrigações... Já está mesmo saindo mais caro do que eu imaginei... Ontem tive uma boa notícia. Saiu a lista de projetos habilitados para avaliação no edital de criação literária do Fundo de Cultura da Bahia. O meu foi habilitado e agora será avaliado junto com mais 12 propostas. Foram 18 inscritos. 6 rodaram e 12 concorrem à 8 "bolsas" para criar um livro. Ou seja, tenho mais chance do que eu imaginava. Agora é só esperar o dia 1º de maio quando o resultado final sai. Ai eu me pergunto "como vai ser pra escrever este livro quando eu ganhar o recurso?". Bem, meu blog é público e infelizmente este assunto se encerra aqui... (eu já andei olhando a vida dos outros concorrentes na net, certamente farão o mesmo, então é melhor não deixar fiapos que possam influenciar em qualquer decisão dos julgadores... Mas voltando à vida... realmente não estou bem por hoje, já são 4 anos... cansei!</span></span><span style=" ;color:black;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"> </span></span><span style=" ;color:black;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"> </span></o:p></p>Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-68173558152576021702010-02-21T13:17:00.000-08:002010-02-21T13:50:30.703-08:00Coisas de tempos idos - Desabafo de um Vestibulando<div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color:#0000EE;"><span class="Apple-style-span" style="text-decoration: underline;"><br /></span></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color:#0000EE;"><span class="Apple-style-span" style="text-decoration: underline;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 0); -webkit-text-decorations-in-effect: none; "><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiulKLOJW-feR5qP6j2HMrNJnuUrEf63QwzI7LmL4XgxMt9R_9YWy62FqbbicHJOFRVF_O8nC_D34ZDFOmM6HGZ5sTb8j6sUdMSyObgeQHbtf4q0E8o2DyN_HXnn3oOOl1Zb7G8-aXvh36E/s1600-h/C%C3%B3pia+de+vestibular-provas-simulados-gabaritos-enem.jpg"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiulKLOJW-feR5qP6j2HMrNJnuUrEf63QwzI7LmL4XgxMt9R_9YWy62FqbbicHJOFRVF_O8nC_D34ZDFOmM6HGZ5sTb8j6sUdMSyObgeQHbtf4q0E8o2DyN_HXnn3oOOl1Zb7G8-aXvh36E/s400/C%C3%B3pia+de+vestibular-provas-simulados-gabaritos-enem.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440816329540570418" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 252px; height: 300px; " /></a></span></span></span></div><br /><p class="MsoBodyText" align="center" style="text-align:center"><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Desabafo de um Vestibulando</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align:justify"><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Um vestibulando é o que eu estou. Acordo todos os dias pensando nesse tal vestibular. Será que eu vou passar?</span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">A pressão é incrível: do pai, da mãe, do vizinho, da concorrência... às vezes até meu cachorro vem</span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">perguntar como vão meus estudos. Os cumprimentos que normalmente eram “E aí rapaz, tem feito o quê?”, agora são “E aí, estudando muito? O vestibular vem aí, vai passar mesmo? Quero só ver!”, isto é horrível!</span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align:justify"><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">O Dr. Vestibular, a cada dia que passa, aparece mais cedo na vida dos jovens brasileiros – isso inclui a mim. Lá pela sétima série a professora já comentava “Gente, vamos estudar, o vestibular está aí. Vocês já sabem o que vão ser quando crescerem?”. É lógico que eu, do alto dos meus 13 anos, achava que iria ser médico – a mamãe disse que isso era legal – e que era só fazer a lição de casa de vez em quando e tudo seria fácil – doce ilusão. Acho que se eu fizer uma sessão hipnose regressiva vou lembrar de meu pai dizendo “Olha a carinha de inteligente dele, vai ser doutor, vai passar no vestibular na primeira vez que prestar o exame”. O que tem de errado em ser lixeiro ou pescador? Por que a sociedade brasileira é tão imediatista? Se você aos 27 anos ainda não está fazendo mestrado e ainda não tem uma noiva – ou noivo se você preferir – começa a pensar que está muito tarde, que já está velho. Gente, isso não é verdade! Hoje a expectativa média de vida – para pessoas de classe média – está em quase 80 anos, e com qualidade, não num asilo. Ainda por cima a dona Sociedade exige “você tem de ser produtivo, se você não for útil a mim – ‘a sociedade’ – não serve para nada”. Eu penso que as coisas não são bem assim, se você, para ser feliz, deseja criar galinhas e plantar maconha para “viajar” com seu amor num sítio interiorano, ninguém tem nada a ver com isso. Mas juntam-se sua mãe e o mundo para te convencer que para ser alguém é preciso cursar uma faculdade. Isso é o cúmulo!</span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align:justify"><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Fato é que eu estou aqui, preparando-me para o meu segundo exame. Não existem mais quimeras, apenas aulas e mais aulas, de domingo a domingo. Durante a aula de física eu – que agora resolvi estudar psicologia – não consigo evitar indagações como: meu Deus, eu vou estudar o comportamento humano, porque me obrigam a saber a “aplicação da Lei de Ohm em circuitos simples constituídos por geradores, receptores e resistores”, porque insistem em me convencer que</span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">“à unidade de energia recebida por unidade de carga dá-se o nome de força eletromotriz do gerador”, para que isso vai servir na profissão que eu resolvi exercer? </span></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align:justify"><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Mas tudo bem, eu até aceito que haja uma seleção no processo de admissão à faculdade, afinal, se você escolheu esse caminho não vai querer que no meio da sua estrada – ou da sua sala de aula – existam pessoas que atrapalhem o progresso do seu processo de aprendizagem. Trocando em miúdos, é preciso manter um nível intelectual nos centros acadêmicos para que estes possam produzir melhor. Só que o vestibular não está servindo para isso no contexto atual do sistema educacional brasileiro. Nas faculdades públicas estaduais ou federais – tomando-as como referência já que são as mais concorridas – o conhecimento exigido do aluno sobre matérias curriculares do Nível Médio é quase absurdo, do meu ponto de vista. É exigido do candidato um conhecimento ultra-específico e profundo de assuntos que – guardando as devidas proporções – de nada servirão depois da aprovação. Entenda, durante seus gloriosos anos escolares o aluno é instruído com objetivo de tornar-se um ser consciente do mundo à sua volta, um cidadão capaz de refletir, de opinar, de conviver em sociedade e enfrentar os desafios do cotidiano, estes objetivos enobrecem a educação. Infelizmente, com o vestibular, estes propósitos estão sendo abandonados a partir da 5ª série do Ensino Fundamental. Como a maioria dos exames de admissão às escolas superiores, possuem critérios seletivos que valorizam o conhecimento específico de ciências naturais, humanas e vernáculas, as escolas não mais estão preocupadas em ensinar o específico de maneira a formar um ser humano com conhecimentos abrangentes e úteis. Pelo contrário, cada professor busca aprofundar-se em sua matéria como se fosse formar um especialista. Na minha opinião, os critérios de seleção deveriam passar por avaliações do perfil do candidato como ser social, deveriam considerar a afinidade do candidato com o curso pretendido e sua capacidade de utilizar o conhecimento específico, adquirido durante sua formação escolar, na resolução de problemas reais, e não de situações impossíveis, como as que encontramos nas questões de ciências naturais no vestibular. </span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Sei que isso está parecendo irreal, já que os novos parâmetros curriculares do Ensino Médio, instituídos a menos de cinco anos, rezam justamente isso. Mas não é o está impresso nas provas que eu ando estudando, para ver meu nome na lista de aprovados. </span></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align:justify"><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">A realidade é simples, com a crescente concorrência no mercado de trabalho contemporâneo, a exigência de profissionais mais qualificados é cada vez maior, conseqüentemente, a procura pelo 3ª grau aumentou de forma considerável. Está aí o que olhos desatentos, formados por uma escola orientada pelo deus Vestibular, não vêem. O número de vagas oferecidas pela estrutura do Ensino Superior publico – relembrando que ele é o mais cogitado – é incompatível com a demanda que o procura, ou seja, não cresceu na mesma proporção que as necessidades exigem. E como você acha que nossas “instituições democráticas” fazem para administrar este déficit, sem ficar mal perante a opinião pública? Aumentam o nível de dificuldade dos vestibulares para que o acesso seja controlado, sem que fique na cara o verdadeiro motivo, afinal, se você não passou na prova a culpa é sua, não é? </span></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align:justify"><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Voltemos à minha vida aqui fora. Ainda estou na sala de aula e dessa vez quem discorre na sala do cursinho é o mestre em línguas estrangeiras. Minha mente não consegue deixar de dar sarcásticas risadas ao lembrar dos três anos do Nível Médio que cursei na rede publica de ensino. Eu avalio o quanto quem concluiu esta parte dos estudos em escolas publicas está longe do conhecimento mínimo exigido para se entrar na universidade. O vestibular além de servir de instrumento governamental, acaba servindo de vitrine das disparidades sociais de nosso país. Tudo bem, os níveis de evasão escolar caíram notavelmente, isso é bom, mas e a qualidade, onde fica? O ensino secundarista público não prepara ninguém para enfrentar o mecanismo de seleção imposto pelo governo. Ou seja, favorece as elites ricas e dominantes. </span></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align:justify"><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Estes são os fatos e o professor continua a falar. Agora eu começo a pensar no que vou fazer para pagar mensalidade do cursinho – que é cara para um simples jovem assalariado correndo atrás do seu sonho. Pensando nisso, ocorre-me de imediato mais uma das faces ocultas do vestibular. Por que acabar com ele se ele está gerando milhões para industria dos cursinhos pré-vestibulares?</span></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align:justify"><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">É meu colega, se você está na condição vestibulando pense nisso tudo. Lembre-se que estamos, momentaneamente, concorrentes e, por falar nisso, acho melhor eu voltar à aula, mesmo que eu esqueça muito de tudo o que decorei, depois de ver meu nome no jornal. Apesar de tudo, não posso deixar de chamá-lo à luta. Talvez você seja um membro da elite econômica do país e tenha tido muitas oportunidades, suas possibilidades de passar no vestibular são grandes, talvez você nunca tenha pensado sobre tudo o que eu disse aqui, mas agora pense. Pense que ali fora existem milhares de jovens com o sonho de ser médico, mas que muitos não terão nem oportunidade de aprender a escrever esta palavra direito.Talvez um deles até lhe assalte depois que você amassar este texto. Nós que temos em nossas mãos a oportunidade de ao menos tentar, não podemos deixar de lutar por um país mais justo, onde pelo menos seja possível competir de igual para igual. Boa Sorte! </span></p> <p class="MsoBodyText" style="text-align:justify"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></o:p></p> <p class="MsoBodyText" align="right" style="text-align:right"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Ítalo Mazoni dos Santos Gonçalves</span></p> <p class="MsoBodyText" align="right" style="text-align:right"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Em: 25 de Novembro de 2002</span></p> <p class="MsoBodyText" align="right" style="text-align:right"><span style="mso-tab-count:1"> </span><span style="mso-spacerun:yes"> </span></p>Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-75528238351291563932009-08-16T17:36:00.000-07:002009-08-16T19:04:06.948-07:00Noite fria... Dia quente<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQziTxkgIDwO2CY3q3XbBYyHs22ZNifoB7PMIDe3LVRO_Epvt-8Mh9wYF0po8Zbh5AB9ojKW1Iy9UgqEd-OF6KwA00UEsgVLeMMR2NDbyLY_XMZ9uHrg9yW55lcFfyS7GFHVPnrWfJQv70/s400/image005.jpg" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5370744659780975538" /><p class="MsoNormal" align="left" style="text-align: right;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>Seu Amor (Gilberto Gil)</p> <p class="MsoNormal" align="left" style="text-align:left"></p><div style="text-align: right;">O seu amor</div><div style="text-align: right;">Ame-o e deixe-o livre para amar</div><div style="text-align: right;">Livre para amar</div><div style="text-align: right;">Livre para amar</div><p></p> <p class="MsoNormal" align="left" style="text-align:left"></p><div style="text-align: right;">O seu amor </div><div style="text-align: right;">Ame-o e deixe-o ir aonde quiser </div><div style="text-align: right;">Ir aonde quiser</div><div style="text-align: right;">Ir aonde quiser</div><p></p> <p class="MsoNormal" align="left" style="text-align:left"></p><div style="text-align: right;">O seu amor</div><div style="text-align: right;">Ame-o e deixe-o brincar</div><div style="text-align: right;">Ame-o e deixe-o correr</div><div style="text-align: right;">Ame-o e deixe-o cansar</div><div style="text-align: right;">Ame-o e deixe-o dormir em paz</div><p></p> <p class="MsoNormal" align="left" style="text-align:left"></p><div style="text-align: right;">O seu amor</div><div style="text-align: right;">Ame-o e deixe-o ser o que ele é</div><div style="text-align: right;">Ser o que ele é</div><p></p><div style="text-align: left; text-indent: 0px;"><br /></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; ">O que me resta agora? Parti e deixei que todas partissem. Quem amei e quem me amou, a que amo e aquela que me ama, até mesmo a que amarei e me amará. Conjuguei o verbo em todos os tempos possíveis. As desinências são tantas que nenhuma oração parece merecer a reza. “Seremos os amores jovens, os amores da juventude” disse uma delas. Isto me confortou. O que sou se não esse hoje desfeito e aquele amanhã de rememorar? </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;text-indent: 35.4pt; ">Quero me perder na manhã da labuta, escorrer resoluto para o ralo dos afazeres. A presença de todas elas agora é passagem. Naquela sou cicatriz, quase pele nova. Nesta um amor que morre todo dia um pouquinho, na ansiedade de ser pleno pra ontem. Noutra deixei de ser qualquer coisa que sirva. No fim das contas o resultado fora irracional, para além do meu imaginário... Mas certamente previsível para um bom observador: o único papel possível para quem deseja todas as falas é o solilóquio. Nada mais nem menos. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;text-indent: 35.4pt; ">Pergunto-me onde errei e o sorriso irônico de meu ego nem se quer chega aos lábios, a resposta é tão obvia que já nem vale repeti-la mais uma vez. Vou recolhendo agora sementinhas para outra estação. Trabalho só. Trabalho ascético, asséptico, silencioso, quieto, celibatário. Um madrugar diário para regar flores nos jardins da vizinhança. Um sorrir com o reviver da muda que plantei em meu quintal e agora finca raízes em terras alheias. Um crer na beleza da alegria ainda possível das plantas que um dia deixei à míngua.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;text-indent: 35.4pt; ">A culpa se abate sobre meus ombros. Só me conforta saber que ela seria ainda maior se eu deixasse seguir a passos largos a confusão da dúvida. Vai, volta, fica, segue... por não saber onde ir não vou mais a lugar nenhum. Quem não tem certeza rouba a verdade alheia. Prefiro a dor menor do sofrer aqui comigo com aquilo que não farei, que a dor maior de fazer torto o caminho alheio. Que se ergam belas as vidas que plantei, mas que por conta dos maus tratos os frutos não colherei. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;text-indent: 35.4pt; "><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;text-indent: 35.4pt; "><span style="mso-spacerun:yes"> </span><span style="mso-spacerun:yes"> </span><span style="mso-spacerun:yes"> </span><span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;text-indent: 35.4pt; "><span style="mso-spacerun:yes"> </span><span style="mso-spacerun:yes"> </span><span style="mso-spacerun:yes"> </span></p>Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-32275871231460153862009-06-25T17:46:00.002-07:002009-06-25T18:33:31.037-07:00Vingança<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhLzdfE_YNjVPj7HNXbCqxDI8jqAfIZDsryxDZZ_tj1rfDLvzPkB5RtRMEY25J_8UeBorAR2b_XqZJpw11QK0yjjM_KQTFGp4SAk9cD3OOxznThtApfiY0zpFzfXoNIwuBLFyj8NRHRKBN/s1600-h/N%C3%AAmesis.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 233px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhLzdfE_YNjVPj7HNXbCqxDI8jqAfIZDsryxDZZ_tj1rfDLvzPkB5RtRMEY25J_8UeBorAR2b_XqZJpw11QK0yjjM_KQTFGp4SAk9cD3OOxznThtApfiY0zpFzfXoNIwuBLFyj8NRHRKBN/s320/N%C3%AAmesis.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5351440189174737138" /></a><p class="MsoNormal" align="right" style="line-height: normal; text-align: right; "><span style="color:black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> "Não existe nobreza sem generosidade,</span></b></span></span></p><p class="MsoNormal" align="right" style="line-height: normal; text-align: right; "><span style="color:black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">assim como não existe sede de vingança sem vulgaridade"</span></b></span></span></p> <p class="MsoNormal" align="right" style="text-align: right;line-height: normal; "><span style="color:black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span></b></span></span><a href="http://pt.wikiquote.org/wiki/Joseph_Roth" title="Joseph Roth"><i><span style="color: rgb(0, 43, 184); "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Joseph Roth</span></b></span></span></i></a><span style="color:black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span></span></o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span></span></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;">(Figura: Nêmesis, a deusa da vingança)</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'lucida grande';">A vingança se abateu sobre mim e estou a refletir sobre ela, que tanto me afeta. O ‘ela’ ai refere-se à vingança, mas também serve para a autora do gesto, que pelo menos uma coisa me mostrou: não gosto de pessoas vingativas. Com seu ato ela conseguiu extinguir a última possibilidade de um ‘vir a ser’ entre nós. Não se trata aqui de tentar valorar tal ação a partir de considerações morais ou éticas, pelo contrário, trata-se de simplesmente ver a questão a partir das sensações produzidas em mim. Pergunto-me, por quê? E todas as respostas convergem para a idéia de que no fim das contas o objetivo não era compensatório, e sim lesivo (‘o que eu não ganho, eu leso’ a cara dela). Primeiro porque ela passou por cima de seus valores feministas declarados em nome do ato, segundo porque a pessoa que ela usou em sua cena já tinha sido dita por ela como repugnante para tal gesto e terceiro porque o ato foi realizado em um lugar público e durante uma festa. Acho que ela pretendia saborear o momento de me contar, só assim a vingança seria completa já que teria seu grand finale no ponto em que surgiu: quando eu fui demasiado sincero e revelei o que deveria ser eterno silêncio. Felizmente alguém estragou seu prazer antes, mas pra mim tanto faz. O importante neste caso foi realmente a intenção, tanto desta ação concretizada quanto da que ela me declarou logo depois que terminamos “só sinto por que agora não poderei ficar com alguém do mesmo modo que você ficou, eu esperava tanto por isso”. Agora, sei... Se quiser que eu parta, que eu tome repulsa... Se vingue! Obrigado por me ensinar mais uma coisa sobre mim.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"> </span></span></o:p></p>Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-89805697268621198422009-05-30T20:47:00.000-07:002009-05-30T21:04:21.718-07:00Teste projetivo? Que nada, veja perfil do Orkut<div style="text-align: left;">Escrevi este conto para o blog <a href="http://psicologiaecibercultura.blogspot.com/">http://psicologiaecibercultura.blogspot.com/</a></div><div style="text-align: left;">Vou copiar e colar meu próprio trabalho.... rsr</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;">Teste projetivo? Que nada, veja o perfil do Orkut<br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><p class="MsoNormal"><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">No tempo em eu que trabalhava com programação, lá pelos idos da década de oitenta, computador era um negócio grande, com tela verde e que só recebia comandos através de extensas linhas de códigos, que só faziam sentido para quem trabalhava com eles ou para quem sonhava em trabalhar com eles, alguns Nerds solitários. Depois que perdi o emprego na área de processamento de dados fui estudar psicologia e nunca mais cheguei perto de um computador. Li Marx, me formei, fui psicanalisado como todo bom psicólogo da minha geração, montei um consultório e passei a viver da clínica. Mas eis que de uns tempos pra cá o tal do computados surgiu novamente na minha vida.</span></span><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"> </span></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Primeiro foi com Ana, uma adolescente de quinze anos. Ela chegou até mim encaminhada pela pedagoga da escola, que me comunicou naquela ocasião que a menina estava tendo sérios problemas de ajuste social, pois quase não conversava com ninguém na escola, a ponto do fato ser notado pelos professores e virar motivo de gracejos entre os alunos. Logo na primeira entrevista ela, sem que eu perguntasse, começou a falar sobre Internet, MSN, Orkut, comunidades virtuais... Falou que não se sentia de maneira nenhuma sozinha, pois todos os dias conversava horas e horas com pessoas do mundo todo. Sem compreender direito aquelas referencias simbólicas que ela me passava fui atendendo. Em outra consulta quando pedi para que ela falasse da sua passagem pela puberdade, algo entre os onze e trezes anos, no seu caso, ela me falou que isso não fora um problema muito grande porque ela sabia como tinha sido para um monte de amigas. Na pista dessas amigas tentei investigar suas relações com os grupos em que ela estava inserida, pra ver de que forma isso estava influenciando na construção da sua identidade. Ela começou a me falar que tinha afinidade com leitores de um tal de Tolkien, que prezava bastante pela ética dos aborígenes australianos e que assim que sua mãe deixasse ela se maquiar ela iria se sentir melhor, pois suas melhores amigas eram góticas londrinas e ela queria poder se sentir verdadeiramente parte “da galera” quando fosse para o intercâmbio na Inglaterra. Depois da Ana, as mesmas referências a esse mundo virtual surgiram nas falas de Joana, Gisele e João Henrique. Todos adolescentes entre treze e quinze anos de idade, filhos de pais separados com altíssimo poder aquisitivo.</span></span><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"> </span></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Depois de mais ou menos um mês com esses pacientes suspendi os atendimentos a adolescentes, pois percebi que algo estava errado, não com os adolescentes, mas comigo. Era evidente que alguma coisa estava acontecendo, aqueles pacientes não estavam mais referencializando suas identidades em grupos sociais locais, mas sim em lugares que eu não fazia idéia de onde ficavam. Para eles era como se o mundo tivesse expandido de tal forma que as relações com seus pares próximos haviam se tornado não mais as essenciais, mas apenas mais uma das possíveis.</span></span><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"> </span></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Como não tinha filhos naquela época, e mesmo se tivesse eles não teriam acesso àquelas referencias pois eu não era rico, fui conversar com alguns adolescentes filhos de amigos meus para ver se era um fenômeno generalizado. Não era. Pelo menos não para a classe média. Procurei alguns colegas e vi que apenas um havia passado por situação semelhante, e mesmo assim sem atribuir tanta importância. Fiquei mais calmo. Mas logo em seguida perdi a calma. Minha principal clientela era de adolescentes e crianças filhas de pessoas verdadeiramente ricas, como eu ia manter minha clientela se ela estava falando em um idioma que eu não conhecia. Pior, ela estava vivendo em uma cultura que estava direcionando a formação de sua identidade e eu não fazia a mínima idéia de como operar com a lógica ali presente.</span></span><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"> </span></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">E foi quando o computador voltou à minha vida. Procurei um amigo da época em que trabalhava com programação. Primeiro ele riu muito de mim, mas depois saímos para tomar algumas cervejas e ele me explicou por muitas horas o que era Internet, o tal do mundo virtual, me falou da revolução das janelas e de como ele achava que num futuro próximo não só os ricos estariam falando como meus pacientes, mas todas as pessoas do mundo. Claro que eu achei tudo aquilo um exagero, mas como eu precisava garantir meus trocados fiz um acordo com ele. Ele me ensinaria na prática a lógica do mundo virtual e em troca eu faria um acompanhamento psico-pedagógico à sua filha pequena, que estava tendo dificuldades de aprendizagem. Foi o melhor acordo que fiz na vida.</span></span><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"> </span></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Depois de dois ou três anos as previsões do meu amigo se confirmaram, e vejam, eu estava na frente. Quando uma quantidade crescente de pais começou a bater na porta dos consultórios psiquiátricos e psicológicos atrás de ajuda para compreender seus filhos eu já estava a pleno vapor, atendendo a geração Internet. Não demorou para eu ganhar renome e agora posso cobrar três vezes mais por uma consulta, afinal ainda não existem muitos especialistas em adolescentes com crise de identidade-virtual.</span></span><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"> </span></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Escrito e Postado Por Ítalo Mazoni</span></span><span style="line-height: 150%; font-family: Georgia, serif; color: black; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"> </span></o:p></p></div>Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-26009273289233536042009-05-29T21:05:00.000-07:002009-05-29T21:10:09.371-07:00O silêncio que ninguém ouviuO Silêncio (Arnaldo Antunes)<br /><br />antes de existir Computador existia a tevê<br />antes de existir tevê existia luz elétrica<br />antes de existir luz elétrica existia bicicleta<br />antes de existir bicicleta existia enciclopédia<br />antes de existir enciclopédia existia alfabeto<br />antes de existir alfabeto existia a voz<br />antes de existir a voz existia o silêncio<br />o silêncio<br />foi a primeira coisa que existiu<br />O silêncio que ninguém ouviu<br />astro pelo céu em movimento<br />e o som do gelo derretendo<br />o barulho do cabelo em crescimento<br />e a música do vento<br />e a matéria em decomposição<br />a barriga digerindo o pão<br />explosão de semente sobre o chão<br />diamante nascendo do carvão<br />homem pedra planta bicho flor<br />luz elétrica tevê computador<br />batedeira liquidificador<br />vamos ouvir esse silêncio meu amor<br />amplificado no amplificador<br />do estetoscópio do doutor<br />no lado esquerdo do peito esse tamborÍtalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395921088042931830.post-39635004091584943672009-05-26T12:48:00.000-07:002009-05-26T13:18:07.692-07:00" "Já tem algum tempo que não me sinto assim, bem. Não que eu esteja cem por cento de mim... Mas pelo menos estou ativo... Adotei a filosofia do "silêncio interior". Tem funcionado... Na prática eu estou a seguir um conselho que ouvi de algum falante do espanhol durante um ritual com Ayuasca, há tempos atrás. Depois de já termos bebido e dançado, formou-se uma roda de conversa entre os que ali figuravam naquela noite... Os iniciantes falando da experiência que estavam vivendo e os mais antigos no ritual os acolhendo e transmitindo suas vivencias... O hispânico era um dos mais antigos e depois de uma pausa de todas as fala disse "El secreto para sentirse bien durante el ritual se encuentra en Porter". Todos os neófitos se olharam e um perguntou "como assim?". O velho sorriu e continuou com seu espanhol arrastado "Todo el tiempo nuestra conciencia recibe una gran cantidad de información, pensamientos y sentimientos. El secreto es poner en la puerta de la mente, un guardián responsable, lo que deja entrar sólo lo que importa. Lo que está mal, no entra. Sólo que está dejando al portero. ¿Quién le dice el portero? Yo soy ...". Todos riram e eu contratei o melhor porteiro que existe... O silêncio.Ítalo Mazonihttp://www.blogger.com/profile/17203790664099768983noreply@blogger.com0