sábado, 26 de março de 2011

Velações...

Anseios como tripas inquietas percorrem os descaminhos do meu dentro.
Fincadas no barro da existência, caladas de letras ou logicismos tudo é pulsar.
Desespero quando tudo aqui quer ser ao mesmo lugar e tempo.
Lá e cá na testa e no mindinho a angústia circula no meu veneno.

Deixa-la partir nas razões é vão
Ela jamais tomara o rumo da prosa.
Tranca-la à sete mágoas da consciência!
Mas não tardaria de virem mil anos para fazer do cemitério
Terreno remexido e tornar a se abrir o caixão.
O que finda em mim pede cerimônia de Adeus
Beber o morto, cafezinho vela e sermão...

Cessa teu vagar espírito de apego!
Deixa a barriga digerir e obrar
Qualquer pedaço que pode o desejo abocanhar


Ítalo Mazoni

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