quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ensaio Frustrado...

Quando cheguei do espetáculo teatral que me consumiu uma noite quase intera, mas que me deu pano para umas tantas camisas, sentei-me diante do computador para tentar elaborar algumas linhas sobre uma idéia que venho trabalhando em vivência, ultimamente. Idéia séria e que tem destino certo: as páginas do trabalho final da disciplina seminários interdisciplinares em Psicologia II. Sim, ok, eu admito logo de cara, ainda não sou psicólogo, sei que ainda me falta o canudo para todo mundo acreditar. Contudo, enquanto o poder da república, investido naquele que dizem reger a ciência, não me outorga o título para fazer valer mais minhas palavras... Vou escrevendo meus argumentos. [Lembrar de fazer referência aqui ao Focault de a Ordem do Discurso]. Então... cheguei, com esse monte de viagem na cabeça, subi para o quarto, que já estava escuro e com os cinco leitos adormecidos com meus colegas residentes. Rapidamente: banho, arrumar a cama, derrubar alguma coisa, procurar algo que tiraram do lugar, encontrar, abrir a porta, bater com a cabeça na borda do beliche de cima, catar o PC, o mouse, a fonte de alimentação, um pacote de biscoitos de sal, e sair... Já na porta, antes de descer os três lances da escada lembrei-me deles. Voltei. Catei-os em meio aos papeis e cuecas entrincheiradas. Desci. As mesas vazias e a TV exorcizada em silencio me inspiraram mais ainda. Sentei e logo a eles retornei. “As formas do conteúdo” de Humberto Eco e “Fenomenologia e estruturalismo” de Andrea Bonomi. Os descrevi inicialmente do lugar de onde estavam... mas logo aproximei-os da posição por mim imaginada e colorida.

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Tenho diante de mim um livro intitulado “As formas do Conteúdo”, trabalho de um autor que muito me agrada. E neste caso, neste instante o tomo iluminado diretamente por luz focal é até mais que os mundos ainda não remoídos por mim ali dentro. Suas cores milimetricamente beijadas pelos feixes teatralmente marcados pelo azulado da fumaça do cigarro que morre sob o cinzeiro, ostenta um porta estandarte retilíneo. Três cores em complemento, três formas geométricas em equilíbrio. O branco que prevalece como fundo, aparente até mais da metade vertical do volume, recebe dois retângulos: um em filtro âmbar pintando uma estrela com tentáculos de polvo, sendo que pende em sua na base interna, em tipo a palavra “Estética”; a outra equivalente forma, diretamente oposta, tingida em negro ostenta em negativo a forma tipográfica que contém a centelha que me aproxima de um humano, outrem como eu, “Humberto Eco”.

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