Em 2012 os órgãos federais e estaduais irão oferecer pelo menos 43,8 mil vagas aos candidatos que pretendem ingressar no serviço público. O número parece grande, mas não é nenhuma novidade que as vantagens de um cargo público, como estabilidade econômica e certeza de um bom salário no fim do mês, fazem dos concursos públicos uma guerra bem mais acirrada que o vestibular, por exemplo. Só para se ter uma idéia, a concorrência no ano de 2012 para uma vaga no curso de medicina na UFBA foi de 49,67 candidatos por vaga, já para o último concurso do INSS realizado esse ano, a proporção foi de 610,18 candidatos por vaga. Diante dessa realidade a pergunta é “Dá mesmo pra passar num Concurso Público?”
Só a título de curiosidade circunstancial, a afirmativa a esta pergunta parece ser maior para os homens. Segundo levantamento feito por um site especializado em concursos, as mulheres apesar de serem maioria nos cursos preparatórios ainda são menos representadas nos quadros do funcionalismo estatal. O porquê disso? Os velhos aspectos sociais, históricos e culturais, mas isso daria uma tese e nossa questão inicial aqui é mais simples e sua resposta vale para ambos os sexos: Sim, dá para passar, mas…
Primeiro, não será sem sacrifícios. A aprovação exige um nível de conhecimento específico e enciclopédico em variados assuntos, que muitas vezes não fazem parte da sua realidade, assim, para dominá-los, horas e horas de estudo serão necessárias. Além disso, não basta “ser da área” para ir bem em um certame. Isto porque concurso público é uma forma de testagem, uma avaliação de conhecimentos a partir de um conjunto de parâmetros controlados. O que significa que não adianta ter feito direito para passar em um concurso na área jurídica. Além de ter o conhecimento exigido é preciso saber responder uma prova de concurso que no fim das contas não tem relação objetiva com a realidade. Sim, eu sei que existe uma margem de generalização das questões para o mundo real, mas o teste em si não é a realidade e sim uma cópia imperfeita dela. Ou seja, é preciso se tornar um especialista em responder provas de concurso, o que significa na prática planejamento, foco, disciplina. Tradução: Adeus baladas, cinema, TV, leituras por prazer, etc.
Segundo, não será na primeira tentativa. Nem na segunda, e talvez nem na terceira. A menos que você pertença a uma minoria de pessoas privilegiadas com uma sagacidade, inteligência e sorte fora do comum, acredite, o velho “fui bem na prova” não significa nada no mundo dos concursos. Com uma concorrência tão acirrada só dá pra dizer que com alguma certeza que se conseguiu entrar no páreo acertando no mínimo 90% da prova. Agora veja, normalmente uma prova trata sobre 3 ou 4 matérias ao longo de 60 questões, sendo que cada questão possui 5 alternativas, assim o candidato precisa, no fim das contas, avaliar ao todo 300 alternativas. Isso em 4 ou 5 horas, além de, às vezes, depois disso tudo ter que escrever uma redação. Pense comigo, mesmo estudando muito, quantos podem garantir nota 9 tentando só uma vez? Persistência é indispensável. Tanto que os “concurseiros” adoram repetir que não estudam para passar e sim “até passar”.
Texto publicado originalmente em: http://femininoealem.com.br/4016/concurso-publico-da-pra-passar-concurso-publico-da-pra-passar-concurso-publico-da-pra-passar-concurso-publico-da-pra-passar-concurso-publico-da-pra-passar/
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